Câmara de Itatiba propõe Fórum de Segurança
MAIO 16, 2012 EM FOCO
MAIO 16, 2012 EM FOCO
Pela segunda semana consecutiva a Câmara de Itatiba
discutiu, na sessão da terça-feira, dia 15, as ocorrências policiais do
município e a sensação de insegurança da população.
O vereador Edvaldo Húngaro – PPS, propôs a convocação de uma
Audiência Pública para que, reunidos, diversos setores da sociedade possam
discutir e desenvolver idéias sobre o tema. Para Edvaldo os acontecimentos
recentes no município mostram uma realidade que necessita de ações “urgentes”
para “que se possa dar uma resposta a sociedade”.
O vereador Rui Fattori – PSDB, se mostrou contrário à
convocação de uma Audiência Pública, defendendo, apenas, o convite ao
comandante da PM no município, capitão Frederico Izidoro, que estava presente
na sessão, para que este exponha os índices de criminalidade do município e
explique as ações que vem sendo tomadas.
“Se os números forem favoráveis não existe motivo para se
discutir segurança”, declarou Rui Fattori, condicionando às estatísticas a
discussão mais profunda do tema.
Edvaldo Húngaro discordou do colega e afirmou que as
estatísticas não tiram o medo do cidadão que assiste as ações criminosas
aumentar no município.
O vereador Vitório Bando defendeu uma discussão “interna” do
problema, alegando que as questões envolvendo segurança devem ser mantidas
sigilosas “como estratégia de ação”. Bando aproveitou a presença do comandante
e sugeriu que o mesmo falasse aos vereadores durante o Intervalo Regimental, a
pausa de 15 minutos prevista em todas as sessões da Casa.
David Bueno, vereador do PMDB, sugeriu que o comandante da
PM, assim como o chefe da Guarda Municipal, comparecessem à Câmara em outra
oportunidade para que os vereadores pudessem “trazer mais dados, principalmente
pedidos de bairros e comunidades” para serem discutidos com os responsáveis
pela segurança no município.
Da mesma forma se pronunciou Edvaldo Húngaro, que apoiou a
participação do capitão Frederico na sessão, porém “sem que isso comprometa
ações futuras da Câmara”, como a implantação de um Fórum de discussões sobre o
tema, uma vez que, para ele, a Câmara tem que estar integrada com a área de
segurança do município.
Edvaldo afirmou, ainda, que “não vivemos uma situação de
tranqüilidade e não existem números que nos faça ver de forma diferente”.
Com a aprovação de todos os vereadores o capitão Frederico
Izidoro falou durante o Intervalo Regimental. Frederico iniciou afirmando que
uma das características do brasileiro “é que somos 200 milhões de técnicos de
futebol e 200 milhões de técnicos em segurança pública”.
Afirmou não aceitar o termo “onda”, sobre um aumento nas
ocorrências policiais, pois o trabalho policial é feito com números e, estes
números,m podem levar a incrementos de efetivos locais, “inclusive, se
necessário, vindos de outras localidades.
O capitão também apontou a necessidade de mudanças no
comportamento da sociedade, que deve ser mais participativa e socialmente
ativa, exemplificando os casos ocorridos no Itatiba Parque, em específico um em
que um vizinho “conversou” com os infratores, “inclusive oferecendo água”
enquanto estes roubavam uma casa e se diziam trabalhadores que faziam
manutenção no local.
Sobre as “ondas de criminalidade”, o comandante disse que
não vê nada além de números compatíveis com a população da cidade e que Itatiba
“fica vários dias sem ocorrências policiais, então, em um dia acontece um
delito e, temos então, um aumento de 100% na criminalidade”.
O capitão Frederico informou aos vereadores que mantém
contato diário com o chefe da Guarda Municipal e com o Judiciário do município
e que “apesar de dizer isso com certo desgosto, nunca se prendeu tanto quanto
hoje”.
Finalizando o comandante da PM itatibense afirmou que
entende a dor causada e os danos sentidos pelas vítimas de ações criminosas
“mas, não vejo com grandes preocupações, em nossa sociedade, os atuais índices,
pois estão dentro da normalidade”, disse, garantindo que vem trabalhando para a
diminuição de ocorrências e um aumento de ações preventivas, se colocando a
disposição dos vereadores para debates sobre o tema.
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