quinta-feira, 28 de junho de 2012

População reclama de obra no Lago do Camata

28/06/2012 10:45 - Rede Bom DiaMoradores dos bairros próximos ao Lago do Camata reclamaram ao BOM DIA sobre a demora na recuperação do local. Alguns chegaram a dizer que não acreditam que o lago seja recuperado, já que está visivelmente assoreado. Um morador do bairro Porto Seguro, que não quis se identificar, afirmou que o lagoestá abandonado há muito tempo e não acredita que ele volte a ser o cartão postal que um dia foi. “O que estão fazendo é o popular ‘enxugar gelo’. A cada dia que passa, independente de quando chove, o lago fica com mais terra. Além do trabalho que não rende, é só desperdício de dinheiro”, afirmou o morador.Outro morador do mesmo bairro declarou que o problema começou com a obra de terraplanagem para abertura de um condomínio em uma área verde vizinha. “O lago ficou assoreado, moradores próximos ao terreno sofreram com o trânsito de caminhões pesados que trafegavam por uma das ruas. Eles [os caminhões] estragaram o asfalto e derrubaram terra pela via, que invadia as casas”, disse o morador. “Para mim, a construção desse empreendimento é em local irregular”, arrisca.Uma mulher que passava pelo lago enquanto a reportagem ouvia moradores disse que estava indignada com o descaso com a situação. “Isso aqui era muito bonito há alguns anos. Aos poucos foi abandonado e atualmente chegou nesta situação. Tem dias que passo por aqui e tenho vontade de chorar, Isso é total falta de respeito com a população e com o meio ambiente”, disse a mulher que também não quis se identificar.Perguntados sobre o motivo do anonimato, dois disseram que dependem de serviços públicos e temem retaliações. “Só quem precisa de atendimento para saúde e também em escola, todos públicos, sabe que não dá para se expor, ainda mais às vésperas de eleições”, afirmou um, apoiado pelo outro.Sobre a situação das obras de desassoreamento do lago, o BOM DIA entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itatiba, que executa obras no local, mas até o fechamento desta edição  não obteve respostas sobre o assunto.Câmara/ A situação do Lago do Camata também foi tema de discussão entre os vereadores na sessão da Câmara de Itatiba realizada nesta terça-feira (26). Os representantes da oposição cobraram a administração municipal sobre o andamento das obras.Buraco/ Outro motivo de reclamação dos moradores é em relação a um buraco que surgiu em meio a avenida senador Paulo Abreu. O buraco está bem no meio da via. Ele foi sinalizado, mas até o fechamento desta edição nenhuma obra de reparo havia sido realizada no local. Motoristas que trafegam ali temem que ele fique ainda maior e um acidente possa ocorrer. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Roubo de veículos em Itatiba aumenta quase 200%







































































O NÚMERO DE ROUBO DE VEÍCULOS AUMENTOU 190,5% EM ITATIBA ENTRE OS mESES DE JANEIRO E MAIO DESTE ANO EM COMPARAÇÃO COM O MESMO PERÍODO DE 2011, SEGUNDO INFORMAÇÕES DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA (SSP). ENQUANTO NOS PRIMEIROS CINCO MESES DE 2012 FORAM REGISTRADOS 61 CASOS, ANO PASSADO FORAM 21.Os índices de roubo também aumentaram nos primeiros meses do ano. Entre janeiro e maio de 2011 foram registrados 85 casos contra 124 este ano, aumento de 46%. Os furtos também cresceram, mas em menor proporção, 22%. Entre janeiro e maio de 2012 foram 443 casos contra 363 ano passado. Os índices também mostram que a comparação entre os cinco primeiros meses do ano, houve um caso de homicídio no município contra nenhum do ano anterior.Entre os números divulgados, apenas as ocorrências de furto de veículos diminuíram em Itatiba. Entre janeiro e maio de 2011, 77 veículos foram furtados no município enquanto no mesmo período deste ano foram 48 ocorrências.
MORUNGABA/ Enquanto em Itatiba apenas o furto de veículos diminuiu, em Morungaba, a maior parte dos índices criminais registraram queda, com exceção do roubo de veículos que aumentou 50%. Nos primeiros cinco meses deste ano foram registrados três casos contra dois em 2011. Enquanto o roubo de veículos aumentou 50%, o número de furto diminuiu na mesma proporção. Entre janeiro e maio do ano passado foram registrados oito ocorrências deste crime na estância enquanto que no mesmo período de 2012 foram quatro.
O número de roubos foi o que apresentou maior queda, 67%. Nos cinco primeiros meses deste ano foi registrado um único caso contra três no passado. Os furtos apresentam ligeira diminuição. De 24 casos em 2011 para 23 este ano, recuo de 4%. Ainda na estância, ano passado, entre janeiro e maio, houve um caso de homicídio doloso, contra nenhum nos primeiros meses de 2012.
O delegado titular de Itatiba, Paulo Eduardo Zuiani, e que atualmente responde por Morungaba, falou sobre os índices das duas cidades. Perguntado sobre o aumento do roubo de veículos, ele disse que muitos dos casos não ocorrem na cidade, apenas são registrados. “Já pedi levantamentos sobre esses crimes e a maior parte ocorre nas estradas que passam pela cidade, ou em municípios vizinhos e o veículo ou as vítimas são abandonadas em nossa cidade e somos obrigados a registrar”, disse Zuiani. 

“Casos na cidade mesmo os números são baixos”. Sobre os outros índices, o delegado alega que o crime é dinâmico. “Tem períodos que os índices caem e quando se reprime o crime por um lado, o criminoso busca outras alternativas. Mas, estamos em alerta e trabalhando para que os números recuem”, afirmou.
Um dos índices que chama atenção do delegado é referente ao número de furtos. Segundo ele, este tipo de caso poderia ser menor se a população adotasse algumas medidas preventivas.  “A maior parte dos casos ocorre por distração. As pessoas precisam ficar mais atentas com alguns objetos, zelar mais por eles, pois a Polícia, infelizmente, não pode ser onipresente”, afirmou.
Sobre os números de Morungaba, Zuiani disse que o município sempre foi tranquilo e continuará. “É uma cidade muito calma. Os números são positivos e vamos nos empenhar para que os índices sejam cada vez melhores”, encerrou.
Roubos aumentam em mais de 100% em Louveira
Em Louveira, o número de roubos foi o que registrou maior aumento na comparação dos cinco primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2011. Entre janeiro e maio foram 72 ocorrências registradas contra 33 no ano passado.
O segundo índice com maior aumento foi o furto de veículos que teve 40 casos registrados nos primeiros meses deste ano contra 26 em 2011, crescimento de 54%. O roubo de veículos cresceu 47%. Entre janeiro e maio de 2012 foram 22 veículos roubados contra 15 ano passado.
Os casos de furto cresceram 35% nos primeiros cinco meses de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 158 registros para 213. O saldo positivo para cidade é que não houve casos de homicídios dolosos em nenhum dos anos.
Sobre os índices, o delegado titular de Louveira, Luis Carlos Duarte, também falou ao BOM DIA. “Os números preocupam e devido a isso estamos com um trabalho para que esses índices caiam. Acredito que na próxima estatística os números sejam melhores, pois junho não terminou, mas nos levantamentos preliminares constatamos uma queda significativa, principalmente em roubos e furtos”, afirmou.
Fonte: Bom Dia - 27/06/2012 08:28-IVAN GOMES

terça-feira, 26 de junho de 2012

Santa Casa - Centro de hemodiálise será inaugurado em 50 dias

Previsão é do provedor do hospital, Benedito Neto, que anunciou também a conclusão das mudanças no PAFonte: Bom Dia - MARI GIRO
mari.giro@bomdiaitatiba.com.br





Até agosto Itatiba deverá ter seu centro de hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia. A previsão é do provedor do hospital, Benedito Neto, que nesta segunda-feira (25) anunciou também a reorganização dos setores de Pronto Atendimento (PA) e de Ortopedia. O centro de hemodiálise funcionará no piso acima do Pronto Atendimento e custou até agora R$ 699 mil. O dinheiro é uma soma de investimento próprio do hospital e de emendas recebidas por meio dos governos estadual e federal, via deputados como o itatibense Adilson Rossi e o bragantino Edmir Chedid . A médica nefrologista Fábia Fernandes, especialista nesse tipo de tratamento, será a responsável pelo setor. A equipe de enfermeiros que dará apoio no atendimento já está treinada para os novos procedimentos. 


A unidade terá 13 máquinas, que poderão atender 26 pessoas por período – manhã e tarde. Caso haja demanda, a administração pretende estender as sessões para a noite, aumentando o número de atendimentos diários. “As máquinas estão todas compradas. Estamos esperando algumas chegarem da Alemanha. A partir daí, em 40 ou no máximo 50 dias, vamos poder começar a atender”, disse o provedor, que afirma ter tomado cuidado para atender todas as, muitas, normas e portarias de saúde que a unidade precisa. 

QUEM PODERÁ USAR/  Por enquanto ainda não está definido se a unidade atenderá apenas pacientes do hospital e particulares, ou se será aberta também as dezenas de itatibenses que hoje dependem de tratamento do SUS, realizado em cidades como Jundiai e Atibaia, e que costumam significar várias viagens semanais por conta do tratamento. 

“A Santa Casa está montando esta unidade para a cidade e vai bancar o atendimento por enquanto. Mas precisamos de colaboração, seja da prefeitura, seja da iniciativa privada. Nossa intenção é que haja atendimento para o SUS, mas para isso precisamos de parceiros”, pondera. Hoje, segundo estimativa da Santa Casa, para manter uma unidade de hemodiálise com 50 pacientes são gastos R$ 200 mil/mês. Se o setor do hospital chegar ao atendimento inicial das 52 pessoas para que tem capacidade por dia, já gastará mais que os o valor estimado. 

AUMENTO DE DEMANDA/ O Pronto Atendimento da Santa Casa está instalado desde sexta-feira em espaço ampliado, que agrupou o espaço antes usado só para emergências. A reorganização das salas foi necessária para maior espaço de mobilidade, passando de 160 metros quadrados para cerca de 800 metros quadrados. A mudança resultou ainda na ampliação de vagas em macas, que passaram de cinco para oito. A reorganização estava prevista para maio, mas pequenas reformas atrasaram o planejado. 

A Ortopedia passou a funcionar em sala que antes era destinada à Pediatria – que hoje atende na mesma área destinada ao público particular no segundo andar. O setor ganhou 20 metros quadrados com a mudança, passando dos 100 para os atuais 200 metros quadrados.  “A Santa Casa recebe hoje uma demanda grande de atendimentos. Não sei se o sistema de postos não supre a demanda ou se as pessoas preferem mesmo vir para o hospital”.

Na sexta-feira, primeiro dia do setor ampliado, foram registrados 350 atendimentos, em média, por dia. Domingo o número já havia subido para 450.  Segundo Neto, “Ampliamos e pensamos que ia ficar grande o espaço e assim atender mais gente, mas já vimos que está pequeno [frente à demanda] e com demora no atendimento. Vamos aguardar a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), para ver se desafoga o atendimento. Se ela não der conta, vamos contratar mais gente”, disse Neto ao BOM DIA.

Inadimplência está no maior patamar da série, com influência de veículos


Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, atrasos são reflexo da expansão do crédito para automóveis em 2010

26 de junho de 2012 | 11h 38 - Eduardo Cucolo e Fernando Nakagawa, da Agência Estado

BRASÍLIA - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta terça-feira que a inadimplência total está no maior patamar da série, iniciada em junho de 2000, em 6%. Na pessoa física, o 8% de maio é o maior nível de atraso desde maio de 2009, quando estava em 8,5%. 


Ele disse ainda que a inadimplência se mantém em um patamar elevado, influenciado pelo crédito para pessoa física, particularmente no segmento de veículos, cujos atrasos refletem a expansão desse crédito no segundo semestre de 2010. 

"Tivemos naquele período uma expansão bastante pronunciada e que ainda repercute na carteira de crédito", afirmou Maciel em relação ao crédito para veículos.

Ele disse, no entanto que as "safras" desse crédito concedido em 2011 mostram qualidade melhor. "Os atrasos cresceram até julho de 2011 e, desde então, tem mostrado retração."

Maciel disse ainda que as novas medidas de estímulo ao crédito de veículos não representam perda de qualidade da carteira, pois houve "um processo de aprendizagem" ao longo desses dois anos. 

"Os bancos se tornaram mais seletivos. Espera-se crescimento, mas com garantia, qualidade e seletividade, de modo que não venha a se traduzir em aumento de inadimplência nos próximos meses."

Maciel afirmou também que o BC espera ver, já ao final deste ano, retração da inadimplência como um todo. "A expectativa é que haja acomodação e retração até o final do ano na pessoa física. Pessoa jurídica está mais estável. Pessoa física é que tem determinado o comportamento da taxa como um todo." 

Histórico


O governo tem agido para estimular a oferta de empréstimos e financiamentos como mecanismo para levar à uma recuperação econômica mais forte no país ao mesmo tempo em que garante que a inadimplência irá recuar ainda neste ano.

Para estimular o crédito, no final de maio, por exemplo, o governo reduziu Imposto sobre Operações de Financiamento (IOF) para operações voltadas a pessoas físicas, mas antes disso já havia colocado os bancos públicos para liderar movimento de redução das taxas de juros ao consumidor final.

Os bancos estavam receosos com os sinais claros de aumento de inadimplência, com destaque para a aquisição de veículos.

Para o governo, manter o mercado de crédito aquecido é importante para estimular a economia, via demanda interna, neste momento de crise internacional. O próprio BC tem ajudado, ao reduzir em 4 pontos percentuais a Selic, para a mínima recorde atual de 8,50 por cento ao ano, e deve continuar o movimento de queda.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem dito que a redução da inadimplência vai ocorrer de maneira mais decisiva ao longo do segundo semestre, como resultado da maior qualidade de crédito oferecido a partir da segunda metade de 2011.

Além disso, Tombini prevê expansão do crédito ao longo dos próximos trimestres, em contexto de menores taxas de juros e spread bancário.

(Com informações da Reuters)


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Conselho de Ética aprova cassação de Demóstenes Torres

25/06/2012 - 23h16 - Folha


GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA



O Conselho de Ética do Senado aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar.
Por 15 votos a 0, os integrantes do conselho aprovaram relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), que pediu a cassação com os argumentos de que o ex-líder do DEM recebeu "vantagens indevidas" do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e praticou "irregularidades graves" em seu mandato.
Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, sob a acusação de explorar o jogo ilegal e por corrupção.
Com a aprovação, o processo contra Demóstenes segue para votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Em seguida, vai ao plenário. Para que Demóstenes perca o mandato em definitivo, o pedido de cassação tem que ser aprovado por pelo menos 41 senadores no plenário em votação secreta.
RELATÓRIO
A leitura do relatório de Costa durou três horas. Em 79 páginas, o relator afirma que Demóstenes agia como uma espécie de "despachante de luxo" do empresário ao defender seus interesses em órgãos do governo --como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Educação e Receita Federal.
"A vida política do senador Demóstenes, desde 1999, gravita em torno dos interesses de Carlinhos Cachoeira no ramo de jogos de azar", disse o relator.
Alan Marques/Folhapress
Reunião do Conselho de Ética do Senado, que aprovou a cassação do mandato de Demóstenes Torres
Reunião do Conselho de Ética do Senado, que aprovou a cassação do mandato de Demóstenes Torres
Segundo Costa, o argumento do senador de que desconhecia "ilícitos" cometidos pelo empresário não se sustenta uma vez que Cachoeira teve o pedido de indiciamento aprovado pela CPI dos Bingos, que funcionou no Congresso em 2004. "É incrível que alguém com tanto conhecimento na área de informação e contrainformação, simplesmente nada soubesse sobre uma pessoa que lhe era tão próxima, o Carlinhos Cachoeira", afirma Costa.
No relatório, o senador rebate o depoimento de cinco horas prestado por Demóstenes ao conselho. O relator questiona, em especial, a justificativa do senador de que "jogou verde" para Cachoeira ao avisá-lo na véspera sobre uma operação da Polícia Federal que desmontaria jogos de azar.
Costa diz que a versão de Demóstenes é "fantasiosa" e o senador teve o real interesse de agir como seu informante no Congresso. Segundo o relator, a relação entre Demóstenes e Cachoeira inclui doações de "caixa dois" para campanhas do senador, assim como o repasse de recursos para o ex-líder do DEM.
Ao contrário do que diz Demóstenes, o relator afirma que o senador é o alvo de conversa entre Cachoeira e Gleyb Ferreira da Cruz, que seria um dos integrantes da susposta organização criminosa comandada pelo empresário, para receber R$ 20 mil.
"Não deixa qualquer dúvida que a pessoa referida no trato dos R$ 20 mil é o senador Demóstenes. O fato central é que houve uma transação entre Gleyb e Cachoeira que envolvia Demóstenes."
Costa ainda fala dos presentes recebidos por Demóstenes de Cachoeira, entre eles um rádio Nextel com as contas pagas pelo empresário, que mostram a ligação direta dos dois.
No relatório repleto de citações de filósofos, Costa diz que o comportamento de Demóstenes "põe em xeque" sua referência como parlamentar à sociedade. "Não importa que seja uma dívida de R$ 1 ou de R$ 50. O que possui implicância ética é a falta de decoro de um parlamentar quando aceita que um terceiro assuma o pagamento de suas faturas telefônicas e outras despesas. Ainda mais quando esse terceiro é um delinquente."
O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que Costa "extrapolou" ao apresentar no relatório fatos inverídicos --como citar uma viagem que o senador fez viagem ao litoral do Rio de Janeiro em um jatinho supostamente pago por Cachoeira. "O voto é político, mas o processo tem que ter limites", disse.
Sérgio Lima - 18.abr.2012/Folhapress
O senador Demóstenes Torres no plenário do Senado; ele não participou da sessão do Conselho de Ética
O senador Demóstenes Torres no plenário do Senado; ele não participou da sessão do Conselho de Ética

Relator pede a cassação do mandato de Demóstenes Torres

25/06/2012 - 20h18 - Folha


O senador Humberto Costa (PT-PE) pediu nesta segunda-feira a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar. Relator do processo conta o ex-líder do DEM no Conselho de Ética do Senado, Costa disse que Demóstenes recebeu "vantagens indevidas" do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e praticou "irregularidades graves" em seu mandato, por isso deve ser cassado.
Em relatório de 79 páginas, Costa diz ter confirmado uma série de suspeitas sobre o senador. Ele afirma que Demóstenes agia como uma espécie de "despachante de luxo" do empresário do ramo de jogos ao defender seus interesses em órgãos como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Educação e Receita Federal.

"A vida política do senador Demóstenes, desde 1999, gravita em torno dos interesses de Carlinhos Cachoeira no ramo de jogos de azar", diz o relator.
Segundo Costa, o argumento do senador de que desconhecia "ilícitos" cometidos pelo empresário não se sustenta uma vez que Cachoeira teve o pedido de indiciamento aprovado pela CPI dos Bingos, que funcionou no Congresso em 2004. "É incrível que alguém com tanto conhecimento na área de informação e contrainformação, simplesmente nada soubesse sobre uma pessoa que lhe era tão próxima, o Carlinhos Cachoeira", afirma Costa.
'FANTASIA'
No relatório, o senador rebate o depoimento de cinco horas prestado por Demóstenes ao conselho no mês passado. O relator questiona, em especial, a justificativa do senador de que "jogou verde" para Cachoeira ao avisá-lo na véspera sobre uma operação da Polícia Federal que desmontaria jogos de azar.
O relator diz que a versão de Demóstenes é "fantasiosa" e o senador teve o real interesse de agir como seu informante. Segundo Costa, a relação entre Demóstenes e Cachoeira inclui doações de "caixa dois" para campanhas do senador, assim como o repasse de recursos diretamente do empresário para o ex-líder do DEM.
Diferentemente do que diz Demóstenes, o relator afirma que o senador é o alvo de conversa entre Cachoeira e Gleyb Ferreira da Cruz, que seria um dos integrantes da susposta organização criminosa comandada pelo empresário, para receber R$ 20 mil.
"Não deixa qualquer dúvida que a pessoa referida no trato dos R$ 20 mil é o senador Demóstenes. O fato central é que houve uma transação entre Gleyb e Cachoeira que envolvia Demóstenes."
Sérgio Lima - 18.abr.2012/Folhapress
O senador Demóstenes Torres no plenário do Senado; ele não participou da sessão do Conselho de Ética
O senador Demóstenes Torres no plenário do Senado; ele não participou da sessão do Conselho de Ética
Costa ainda fala dos presentes recebidos por Demóstenes de Cachoeira, entre eles um rádio Nextel com as contas pagas pelo empresário, que mostram a ligação direta dos dois -- inclusive em negócios ilícitos.
No relatório repleto de citações de filósofos, Costa diz que o comportamento de Demóstenes "põe em xeque" sua referência como parlamentar à sociedade. "Não importa que seja uma dívida de R$ 1 ou de R$ 50. O que possui implicância ética é a falta de decoro de um parlamentar quando aceita que um terceiro assuma o pagamento de suas faturas telefônicas e outras despesas. Ainda mais quando esse terceiro é um delinquente."
Se o relatório de Costa for aprovado pelo Conselho de Ética, segue para votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e pelo plenário da Casa - onde a votação é secreta. Demóstenes perderá o mandato em definitivo se a maioria dos 81 senadores votarem pela cassação no plenário.

Juíza bloqueia bens de ex-diretor da Prefeitura de SP

25/06/2012 - 22h35 -  Folha

EVANDRO SPINELLI

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO


A Justiça de São Paulo decretou nesta segunda-feira o bloqueio dos bens do ex-diretor da Prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab.
A decretação da juíza Laís Helena Bresser Lang Amaral, da 2ª Vara da Fazenda Pública da capital, é parcial.
Atinge os imóveis adquiridos pelo ex-diretor a partir de 2005, quando ele assumiu o Aprov, setor da prefeitura responsável pela aprovação de empreendimentos de médio e grande portes.
Nesse período, conforme o "TV Folha" revelou em maio, Aref adquiriu 106 imóveis estimados em R$ 50 milhões.
A principal suspeita é que a explosão patrimonial tenha ocorrido com dinheiro proveniente de corrupção, já que a renda mensal declarada do ex-diretor é de R$ 20 mil.
Editoria de Arte/Folhapress
Os advogados de Aref, que negam qualquer irregularidade, não quiseram comentar a medida (leia texto nesta pág.).
Esses 106 imóveis, parte registrada no nome da empresa dele, a SB4, foram atingidos pela medida. Também foram bloqueadas as centenas de garrafas de vinhos finos encontradas na casa de Aref.
A Justiça também concordou em bloquear os aluguéis dos imóveis de Aref e da empresa. Para isso, será nomeado um administrador.
Por ser sócia desses bens, a mulher de Aref também foi atingida pelo bloqueio. Os dois filhos do ex-diretor, entre eles o delegado Luis Fernando Saab, foram deixados de fora da medida. Também não foram atingidos os bens adquiridos antes disso.
PATRIMÔNIO EM ALTA
Levantamento feito pela Folha localizou 12 imóveis em nome de Aref adquiridos antes de 2005, parte recebida como herança paterna.
O Ministério Público tem, agora, 30 dias para concluir o inquérito e ingressar com uma ação de improbidade administrativa contra Aref.
Segundo os promotores, o enriquecimento ilícito estaria comprovado porque há desproporção muito grande entre renda e patrimônio.
Além disso, a Promotoria tem o depoimento de testemunhas que afirmam que ele recebeu propina para aprovar empreendimentos, irregulares ou não. Elas dizem que ele "criava dificuldades para vender facilidades".
"A propina, assim, era uma espécie de graxa que fazia as engrenagens da máquina administrativa funcionarem rapidamente", diz trecho da ação da Promotoria.
A Promotoria não quis comentar o assunto porque o caso está sob segredo de Justiça, decretado na sexta-feira (22). O Tribunal de Justiça disse que a juíza também não falaria.
A Justiça também analisa, na área criminal, pedido da Promotoria de quebra dos sigilos fiscal e bancário de Aref, família, e empresas suspeitas de pagamento de propina ou participação no esquema.
OUTRO LADO
O advogado Luís Eduardo Regules, um dos defensores de Hussain Aref Saab na área cível, disse hoje que não pode fazer comentários sobre o bloqueio de bens porque foi decretado sigilo no processo por decisão da juíza do caso.
"Vamos nos manifestar apenas nos autos do processo."
Na semana passada, antes do decreto de sigilo, Augusto de Arruda Botelho, que defende Aref na área criminal, havia dito que não havia necessidade do bloqueio dos bens.
"Todos os bens do sr. Aref estão em nome dele ou da empresa de sua propriedade. Além de devidamente declarados em sua declaração de IR [Imposto de Renda], estão todos contabilizados e foram adquiridos com recursos próprios de origem absolutamente lícita", afirmou Botelho.
Hoje ele também não quis comentar a decisão.
Aref nunca falou com a Folha. Sempre se manifestou por meio de seus advogados.
Os defensores negam que ele tenha recebido propinas para aprovar ou acelerar projetos imobiliários.

Justiça decide que supermercados devem voltar a distribuir sacolinhas em SP

25/06/2012 - 21h37 - Folha
O supermercados devem voltar a distribuir de graça sacolas plásticas aos consumidores no Estado de São Paulo.
Decisão da Justiça desta segunda-feira (25) determina que sejam tomadas as providências necessárias para o retorno do fornecimento de embalagens adequadas e em quantidades suficientes em 48 horas. Cabe recurso.
A juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1ª Vara Central da capital, decidiu que está "proibida a cobrança por embalagens para acondicionamento de compras" e que as empresas têm 30 dias para fornecer, também gratuitamente e em quantidade suficiente, embalagens de material biodegradável ou de papel adequadas, sem cobrar nada.
Em sua decisão, Cristófaro disse que a interrupção da distribuição grátis das sacolinhas "nitidamente onera desproporcionalmente o consumidor".
Ela ponderou que "é notório que a prática comercial costumeira é do fornecimento do lojista de embalagem para que o consumidor leve consigo as mercadorias que adquire".
Ela disse que o fim do fornecimento de sacolas pelos supermercados para os consumidores "causou tamanha estranheza".
Ela deferiu ação civil pública movida pela Associação Civil SOS Consumidor contra a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e os supermercados Sonda, Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour.

GRUPO SONDA

O Grupo Sonda de supermercados confirmou nesta segunda a distribuição gratuita de sacolas plásticas biodegradaveis em duas lojas da rede em São Paulo, Pompeia (zona oeste) e a Maria Cândida, no Carandiru (zona norte).
Segundo a empresa, o fornecimento gratuito começou no sábado por conta do alto índice de reclamação dos consumidores. Os gerentes das demais 22 lojas estão autorizados a analisar cada caso e fornecer sacolas.

Cometário: Até que enfim uma decisão finalmente a favor da população, pois é muita gente fazendo compras e depois utilizando o transporte coletivo, era uma judiação fazer isto com o povo, parabéns pela decisão só mesmo uma mulher para ter a sensibilidade e tomar uma decisão.

São Paulo tem alta de assassinatos pelo 3º mês; Estado tem queda


25/06/2012 - 18h13 - Folha
DE SÃO PAULO
Pelo terceiro mês seguido, a cidade de São Paulo registrou aumento no número de assassinatos. De acordo com as estatísticas divulgadas nesta segunda-feira pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), foram 102 casos em maio --aumento de 21,4% em relação ao mesmo mês em 2011.
O número de vítimas chegou a 107, o que configura aumento de 15%. Uma mesma ocorrência de homicídio doloso (intencional) pode ter mais de uma vítima, como em chacinas.
Na avaliação do acumulado do ano, ou seja, os assassinatos registrados desde janeiro, foram 464 ocorrências e 488 vítimas. Nestes casos, os aumentos em relação ao mesmo período de 2011 são de 16,3% e 15,3%, respectivamente.
A secretaria não comentou a alta nos homicídios, mas destacou que houve queda nos casos de latrocínio --roubo seguido de morte. Foram 46 casos neste ano contra 47 no ano passado.
A PM atribui a melhora do índice ao reforço do policiamento preventivo. O coronel Marcos Roberto Chaves da Silva, responsável pelo policiamento da capital, afirma que diversas operação são planejadas a partir das estatísticas. "Nessas operações, armas são recolhidas e fica uma presença constante da Polícia Militar nas ruas", diz.
Em novembro do ano passado, também foi criada no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) uma delegacia especializada na investigação de latrocínios.
ESTADO
Em todo o Estado, a SSP registrou ligeira queda nos assassinatos. Foram 328 casos em maio contra 339 no ano passado, um decréscimo de 3,2%. O número de vítimas caiu 6,1%.
No acumulado do ano, foram 1.784 ocorrências e 1.872 vítimas. Nestes casos, a queda em relação ao mesmo período de 2011 foi de 4,5% e 3,9%, respectivamente.
O Estado também registrou queda nos casos de latrocínio. Foram 149 casos neste ano contra 154 no ano passado --queda de 3,2%.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Supermercados vão propor vale-sacola para reembolso

22/06/2012 - 04h00
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
Os supermercados vão propor que clientes que tiverem que comprar sacolas recebam um vale no mesmo valor da embalagem, que poderá ser descontado numa próxima compra. A medida procura compensar o consumidor pelo fim das sacolinhas plásticas gratuitas. As sacolas vão custar de R$ 0,10 a R$ 0,20, valor que será reembolsado.

As medidas vêm em resposta ao Conselho Superior do Ministério Público, que na quarta-feira concluiu que os lojistas deveriam criar condições para compensar os clientes pela perda do benefício de receber sacolinhas gratuitas.
Ontem, oito de dez supermercados visitados ofereciam caixas de papelão aos clientes sem alternativas.
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) levará as novas propostas nesta sexta-feira ao Ministério Público e ao Procon.
ENTENDA O CASO
Na quarta-feira, o Conselho Superior do Ministério Público não aceitou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em fevereiro entre supemercados, Procon-SP e Ministério Público que previa o banimento das sacolas plásticas dos estabelecimentos.
Para o conselho, o TAC não garantia o "equilíbrio entre fornecedor e consumidor, no mercado de consumo, impondo só ao consumidor o ônus de ter de arcar com a proteção do ambiente, já que terá de pagar pela compra de sacolas reutilizáveis".
Segundo o documento de recusa, nenhum ônus foi atribuido ao fornecedor, "a quem, muito pelo contrário, tem se utilizado da propaganda de protetor do ambiente diante da população".
OPÇÃO ÀS SACOLINHAS
Em maio de 2011, supermercados e governo assinaram acordo para reduzir a distribuição de sacolas. Desde abril, 1,1 milhão deixou de ser distribuído.
"Caso a proposta não seja considerada adequada, os supermercados deverão oferecer uma alternativa não onerosa ao consumidor para o acondicionamento das compras", disse, em nota, o Procon-SP.
Procon-SP e Ministério Público devem analisar nesta sexta-feira as medidas apresentadas pela Apas.
Com o "Agora"
Editoria de Arte/Folhapress



Pão de Açúcar muda de mãos, e crise entre sócios continua

22/06/2012 - 07h00

TONI SCIARRETTA
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO



O Casino assume hoje o comando do Pão de Açúcar, mas isso não encerra a disputa entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, presidente da rede francesa. Também não aplaca as incertezas sobre o futuro da companhia.
A transferência estava prevista desde 2005, quando Abilio vendeu o controle por US$ 881 milhões.
Pela manhã, ocorre a mudança na composição da Wilkes, que controla o Pão de Açúcar e indica o novo conselho de administração. Na prática, o conselho decide os rumos da empresa.
Esse conselho agora terá oito representantes do Casino e três de Abilio. Antes, eram cinco para cada um dos lados. Além disso, haverá quatro independentes.
Ana Paula Paiva - 6.jul.2011/Folhapress
O empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar
O empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar
O empresário brasileiro segue como presidente do conselho, mas com menos poderes. Será o maior acionista minoritário, com 21% das ações.
O Casino disse que manterá os executivos atuais. A verdade, porém, é que já estuda mudanças contando, inclusive, com a troca dos diretores colocados por Abilio.
Folha apurou com pessoas próximas ao Casino na Europa que nos planos está a conversão das ações preferenciais (sem voto) do Pão de Açúcar em ordinárias (com voto). Assim, a companhia migraria para o Novo Mercado, segmento da Bolsa que exige maior transparência.
A proposta tem tudo para ganhar a confiança dos investidores e deverá ser apresentada ao conselho dentro de alguns meses.
William Mur e Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress
A conversão das ações abriria caminho para a fusão das operações brasileiras com as da Colômbia, do Uruguai e da Argentina, formando uma subsidiária latino-americana.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Casino nega que a mudança faça parte dos planos neste momento.
SAÍDA DE ABÍLIO
Pelo acordo, Abilio fica por, pelo menos, mais dois anos na companhia. Esse é o prazo previsto para que ele possa vender suas ações.
O problema é que a relação entre os dois empresários está insustentável desde que Abilio tentou comprar o Carrefour no Brasil, em 2011.
Naouri se disse traído porque não teria sido informado das negociações que, caso avançassem, retiraria o comando das mãos do Casino, em 2012.
Folha apurou que, após a troca de comando, ambos pretendem buscar uma forma de viabilizar a saída de Abilio --que também segue um rito previsto em contrato.
Os dois lados chegaram a cogitar a possibilidade de Abilio sair levando o Extra, mas o Casino não topou. A Viavarejo (Ponto Frio e Casas Bahia) também foi uma ideia, mas enfrentou resistências da família Klein, fundadora da Casas Bahia, que ainda procura bancos para financiar a compra da empresa.
William Mur e Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress

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