quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pedra na Vesícula - Cálculos Biliares

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  Pedra na Vesicula

A vesícula biliar tem cerca de 7-10 cm de comprimento em humanos e uma aparência verde-escuro devido ao seu conteúdo (bile). É conectada ao fígado e ao duodeno através do trato biliar.
 Fonte: Pedra na Vesícula.com.br


O nome dado pelos médicos ainda é pouco conhecido: colelitíase. Muitas pessoas podem estranhar se souberem que esta doença popularmente conhecida como pedra na vesícula ou cálculo biliar afeta cerca de 20% da população mundial.
"A vesícula biliar é um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile, a qual é produzida pelo fígado, e liberada no intestino após as refeições. A bile ajuda na digestão das gorduras e tem um alto teor de sais biliares, que são produzidos a partir de colesterol. Assim, a vesícula funciona como uma bolsa armazenadora desses sais biliares, ricos em colesterol. Nos intervalos entre as refeições, a parte líquida da bile vai sendo absorvida pelas paredes da vesícula, fazendo com que a mesma fique mais concentrada, ou seja, com menor quantidade de água. Este é o mecanismo pelo qual começam a se formar os cálculos ou pedras".

O QUE É PEDRA NA VESÍCULA


Pedras na Vesícula são formações duras dentro da vesícula ou nos canais biliares.
Sem dúvida este é um dos principais distúrbios, responsável por boa parte dos atendimentos nos consultórios de doenças digestivas.

COMO A PEDRA É FORMADA NA VESÍCULA


A bile é produzida no fígado e é eliminada no intestino. A bile ajuda na digestão de alimentos gordurosos. Ela contém várias substâncias, entre as quais colesterol e pigmentos. Quando algumas dessas substâncias aumentam em quantidade na bile, elas podem se depositar na vesícula. Com o passar dos meses e anos, estes depósitos se unem e formam pedras (cálculos).

Vesícula Biliar
A bile é produzida no fígado e transportada para o intestino (duodeno) através de canais biliares. A vesícula tem uma função simples no organismo: de armazenar a bile; ela não produz bile.
 Outros locais do organismo, como o rim, a bexiga e o canal da saliva e o lacrimal também podem formar pedras (cálculos). Mas, as pedras desses locais são diferentes das pedras da vesícula.

Entenda:

O fígado fabrica a bile, um líquido amarelado com 85 a 95% de água, que contém, principalmente, colesterol (não relacionado ao do sangue), lecitina e ácidos biliares.
A bile flui do fígado para o duodeno (primeira porção do intestino delgado) no qual ajuda na digestão dos alimentos. Uma parte da secreção biliar, no trajeto, primeiramente, entra na vesícula, sofrendo um processo de concentração.
Quando algum componente da bile sofre uma modificação química ou de quantidade, pode acontecer a formação e a precipitação de microcristais, na grande maioria das vezes, dentro da vesícula biliar. Estes vão crescendo pelo acúmulo de novas camadas podendo alcançar milímetros a centímetros de diâmetro.
Quando a comida sai do estômago para o intestino, a vesícula sofre uma contração reflexa, liberando a bile lá concentrada. Essa contração e o conseqüente fluxo biliar podem mobilizar os cálculos. Esses podem trancar no caminho, logo na saída da vesícula ou no primeiro e fino canal de drenagem, chamado de cístico.
Menos freqüentemente, o cálculo tem dificuldade de passar no canal seguinte, de maior diâmetro, conhecido por colédoco. Esse traz a bile que vem do fígado e segue até o duodeno, terminando num tipo de válvula, a Papila de Vater, na qual também a pedra pode ficar impactada.
Cabe assinalar que em direção desta papila converge o Canal de Wirsung, transportando o suco pancreático. Isso permite compreender uma parte do mecanismo da inflamação pancreática reativa (Pancreatite Aguda Biliar) à presença ou à passagem do cálculo biliar nessa região.
As dificuldades de trânsito dos cálculos através dos canais biliares e a conseqüente obstrução parcial ou total do fluxo de bile podem determinar a dor da assim chamada cólica biliar.
Os cálculos estão presentes ao redor de 10 a 20% dos adultos entre 35 e 65 anos, predominando entre as mulheres que estiveram grávidas, as que têm excesso de peso e as usuárias de hormônios estrógenos e de pílulas anticoncepcionais.
Pessoas com Diabete Melito e Cirrose estão mais sujeitas a ter pedras biliares do que a população geral.
Existe também, a Colecistite Alitiásica, ou seja, inflamação vesicular sem cálculos. Esta é infreqüente, em geral aguda, mas de apresentação clínica muito semelhante àquela causada por cálculo. A causa do quadro tem sido estudada, ressaltando-se a deficiência circulatória arterial da vesícula biliar.

COMO SÃO AS PEDRAS NA VESÍCULA (CÁLCULOS BILIARES)


O número, tamanho, forma e cor das pedras da vesícula são bastante variáveis. Algumas pessoas só têm uma pedra, enquanto outras têm mais de mil. Da mesma forma, as pedras podem variar de tamanho, iniciando com 1mm (tamanho de um grão de areia), podendo chegar até 15cm.

Cálculos Biliares - Pedras na Vesícula
A fotografia acima mostra diversos tipos de cálculos biliares (pedras na vesícula), com vários tamanhos, formas e cores.
SAIBA O QUE É A COLECISTITE

A colecistite é a inflamação da vesícula biliar e normalmente está diretamente associada a obstrução da mesma por um cálculo biliar - pedra na vesícula. A colecistite pode ter sua origem em uma infecção ou apenas em algum fator irritativo que possa causar uma inflamação em uma vesícula já obstruída.

Diferente da cólica biliar, onde a dor é limitada e desaparece após o relaxamento da vesícula fora dos períodos de alimentação, a colecistite se caracteriza por uma dor constante e mais forte. Essa dor, normalmente vem associada a vômitos e febre. No caso de colecistite, a dor também piora durante a alimentação. 
  
Apesar da colecistite normalmente estar associada a obstrução da vesícula, ela também pode ocorrer em pacientes sem história de pedra na vesícula. Em aproximadamente 10% dos casos, pacientes com colecistite não possuem histórico de cálculo biliar.
  
TRATAMENTOS PARA PEDRAS NA VESÍCULA
O tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos (dissolvendo as pedras) ou através de cirurgia para a retirada da vesícula (colecistectomia).

Tratamento cirúrgico de pedra na vesícula
Se o paciente apresenta sintomas da pedra na vesícula, mesmo que somente cólicas biliares, a cirurgia está indicada. O tratamento mais comum nestes casos é a colecistectomia, retirada cirúrgica da vesícula. A colecistectomia pode ser feita por cirurgia tradicional ou por laparoscopia. Atualmente a cirurgia laparoscópica é a mais usada.
Nos casos de colangite, cálculos nas vias biliares ou pancreatite, o procedimento também é cirúrgico e visa a desobstrução da via biliares. Após a desobstrução, retira-se também a vesícula no mesmo ato cirúrgico para evitar recorrências.
A vesícula é um órgão importante, mas não é vital. A maioria dos pacientes sem vesícula leva uma vida completamente normal e sem problemas.

Tratamento não cirúrgico de pedra na vesícula
Nos pacientes com pedras predominantemente de colesterol e sem evidências de complicações, há a opção pelo tratamento com remédios. Existe uma substância chamada ácido ursodesoxicólico, ou ursodiol, que dissolve este tipo de cálculo. Através da tomografia computadorizada muitas vezes é possível avaliar a composição das pedras e indicar o tratamento com remédios. O tratamento com esta droga é bem lento e pode durar anos até dissolver totalmente a pedra. Se o paciente estiver tendo cólicas biliares, este tipo de tratamento não está indicado, pois ninguém vai manter o paciente com dor por tanto tempo.
O grande problema do tratamento não cirúrgico é a alta taxa de recorrência das pedras. Mais de 50% dos pacientes voltam a apresentar pedras em um intervalo de 5 anos.
Cálculos biliares formados pelo uso do antibiótico ceftriaxona costumam desaparecer espontaneamente algumas semanas após a suspensão do medicamento.

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