quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Vereadores de Itatiba vão investigar contrato emergencial de coleta de lixo

30/10/2013 16h24 - Atualizado em 30/10/2013 16h24 -G1

Prefeitura paga R$ 7 milhões para empresa sem licitação.

Oposição conseguiu na Justiça o direito de fazer a investigação.


A Câmara Municipal de Itatiba (SP) vai investigar se houve irregularidade no contrato emergencial firmado entre a prefeitura e uma empresa de coleta de lixo, sem licitação, no valor de R$ 7 milhões para os serviços de coleta, transporte e destinação final dos detritos.
A criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi feita após determinação da Justiça, a pedido de vereadores da oposição, depois que a bancada governista conseguir rejeitar o pedido em plenário.
O relatório final deve ficar pronto em 120 dias. Nesse período, os vereadores vão analisar os documentos e ouvir representantes da empresa e do município. A prefeitura diz que todas as solicitações oficiais feitas pelos vereadores serão atendidas.
Vereadores de Itatiba vão investigar contrato emergencial de coleta de lixo (Foto: Reprodução/TV TEM)Vereadores de Itatiba vão investigar contrato emergencial de coleta de lixo (Foto: Reprodução/TV TEM)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ex-funcionários da gestão Kassab são presos após investigação de Haddad

30/10/2013 - 08h24 – FOLHA – COTIDIANO – Monica Bergamo – Colunista da Folha

Quatro ex-chefes de arrecadação da Prefeitura de São Paulo foram presos hoje acusados de um desvio milionário que pode chegar a pelo menos R$ 500 milhões. O Ministério Público comprovou um rombo de R$ 200 milhões ao longo de três anos. Mas a prefeitura estima que a fraude chegue a R$ 500 milhões pelo tempo em que o grupo atuou no esquema desvendado.
A operação, realizada hoje de manhã e apelidada de "Necator" (um tipo de parasita) pela prefeitura, tem potencial explosivo: iniciada pela administração de Fernando Haddad (PT-SP), ela atinge em cheio a cúpula das finanças da gestão de seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD-SP). Ele é aliado de Dilma Rousseff no governo federal.
Um dos acusados das supostas falcatruas é o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues. Outro é Eduardo Barcelos, diretor de arrecadação do mesmo órgão. Eles eram da equipe do secretário Mauro Ricardo, de Finanças. Os outros presos são Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.
De acordo com a prefeitura, eles foram exonerados dos cargos de confiança entre dezembro de 2012 e fevereiro deste ano, mas estavam trabalhando atualmente na prefeitura. Todos vão responder por processo disciplinar.
Os funcionários são acusados de integrar uma quadrilha que recebia propina de grandes construtoras para fornecer a elas certidões de quitação de ISS (Imposto Sobre Serviço) sem que pagassem tudo o que era devido.
O documento precisa ser emitido para que as construções obtenham o habite-se da prefeitura.
O grupo se reunia em um escritório a 300 metros da sede da prefeitura, no centro, apelidado de "ninho".
Kassab diz que nenhum dos investigados foi indicado ao cargo por ele "São técnicos, funcionários de carreira." (Veja o texto abaixo)
MEDIDAS
A CGM (Controladoria Geral do Município) vai instaurar processo disciplinar para apurar as responsabilidades dos servidores envolvidos. Também vai determinar a instituição de uma força-tarefa para a adoção de medidas para o ressarcimento aos cofres municipais.
Os servidores também deverão responder pelos crimes de concussão/corrupção passiva, advocacia administrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
PATRIMÔNIO
De acordo com a investigação, os quatro servidores teriam amealhado um patrimônio que, somado, chegaria a R$ 100 milhões. Ele seria formado por centenas de imóveis em várias cidades do país, além de carros de luxo e contas bancárias no exterior. Alguns são proprietários também de lotéricas.
Entre os bens adquiridos estão apartamentos de luxo, flats, prédios e lajes comerciais, em São Paulo e Santos, barcos e automóveis de luxo, uma pousada em Visconde de Mauá (RJ) e um apartamento duplex em Juiz de Fora (MG).
Na operação desta quarta-feira foram apreendidos com os quatro investigados motos e carros importados, grande quantidade de dinheiro (reais, dólares e euros), documentos, computadores e pen-drives.
Os bens localizados estão em nomes de familiares e de empresas nas quais os acusados figuram como sócios.
O Ministério Público deve enquadrá-los nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva ou concussão, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.
Divulgação/Ministério Público de SP
Pousada em Visconde de Mauá (RJ) de propriedade de um dos agentes fiscais presos durante megaoperação
Pousada em Visconde de Mauá (RJ) de propriedade de um dos agentes fiscais presos durante megaoperação
INVESTIGAÇÃO
A investigação começou em março, quando a CGM (Controladoria Geral do Município), criada por Haddad, passou a monitorar a evolução patrimonial de 140 mil funcionários públicos.
Cruzamentos feitos em diversas bases de dados, como a de registro de imóveis de SP e de outras cidades, detectaram servidores com patrimônio incompatível com os seus vencimentos.
A CGM passou então a acompanhar de perto a situação daqueles que ocupavam cargos considerados sensíveis, como os de fiscalização.
Foi então que identificou o grupo da Secretaria de Finanças, liderado, sempre de acordo com as investigações, pelo subsecretário da Receita Municipal de São Paulo.
A CGM passou então a compartilhar os dados com o Ministério Público, que solicitou à Justiça a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos.
Além de grampo em telefones fixos e celulares, foi realizada também escuta ambiental no escritório apelidado de "ninho".
Há casos em que os depósitos realizados por construtoras na conta de um dos acusados chegaram a alcançar R$ 1,8 milhão em apenas um mês.
Em uma ocasião, uma construtora fez depósito de R$ 480 mil e conseguiu a certidão de ISS depois de pagar apenas R$ 12 mil.
A prefeitura calcula que a propina chegava em alguns casos a 50% do imposto que as empresas deveriam pagar.

A administração e o MP já solicitaram o bloqueio de bens dos funcionários. As empresas privadas envolvidas serão investigadas e intimadas a pagar o que deixaram de recolher aos cofres públicos municipais.



30/10/2013 - 09h23 – FOLHA – COTIDIANO – Mônica Bergamo – Colunista - Folha
"São técnicos, nenhum indicado por mim", diz Kassab
ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP) afirmou na manhã desta quarta-feira que os acusados de patrocinar um rombo estimado em até R$ 500 milhões na Prefeitura de São Paulo, em sua gestão, são "técnicos, servidores de carreira que não foram indicados por mim".
A megaoperação prendeu Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário da Receita Municipal, Eduardo Barcelos, o ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança, o ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis e um agente de fiscalização. Os nomes dos outros dois presos ainda não foram divulgados. Todos foram exonerados entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
Kassab afirma que os secretários de Finanças tinham total autonomia para montar suas equipes. "E tenho certeza que os ex-secretários, que são pessoas corretas, terão total disposição para colaborar com as investigações".
A pasta foi comandada por quatro secretários durante a sua administração.
Kassab diz que também está à disposição para qualquer esclarecimento.
INFLUÊNCIA
Durante a gestão Kassab, a Secretaria de Finanças se manteve na esfera de influência de seu antecessor, o ex-prefeito José Serra. A ele era creditada a nomeação de Mauro Ricardo para o comando da pasta.
Ricardo ocupou cargo equivalente na gestão de Serra no governo de São Paulo, quando foi nomeado para a Secretaria da Fazenda, onde ficou até 2010. Com a saída de Serra do governo, Ricardo voltou para a Secretaria de Finanças de Kassab.
ESQUEMA DE PROPINA
De acordo com o Ministério Público, a CGM (Controladoria Geral do Município), criada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), notou que os quatro auditores fiscais, ligados à Subsecretaria da Receita da prefeitura, tinham evolução patrimonial incompatível com a sua remuneração.
A investigação descobriu que os suspeitos tinham um esquema de corrupção envolvendo os valores do ISS (Imposto Sobre Serviços) cobrado de empreendedores imobiliários.
O imposto --calculado sobre o custo total da obra-- é necessário para que o empreendedor tenha o "Habite-se". O grupo emitia guia com valores pequenos e exigiam dos empreendedores depósitos em altas quantias em suas contas bancárias. Se o valor não fosse pago, os certificados de quitação do ISS não eram emitidos e, consequentemente, o empreendimento não era liberado para ser ocupado.
Em um dos casos, segundo o Ministério Público, foi constato que uma empresa recolheu R$ 17.900 de ISS e, no dia seguinte, depositou R$ 630 mil na conta da empresa de um dos auditores. O valor da propina corresponde a 35 vezes o montante que entrou nos cofres públicos.
Os acusados construíram um patrimônio de R$ 20 milhões com o dinheiro obtido das propinas, que inclui uma pousada no Rio de Janeiro e um apartamento duplex em Minas Gerais.
Todos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro, advogacia administrativa e formação de quadrilha.

Na operação desta quarta-feira foram apreendidos com os quatro investigados motos e carros importados, grande quantidade de dinheiro (reais, dólares e euros), documentos, computadores e pen-drives.

Governador Geraldo Alckmin constrói mais uma estrada para a privatização.

30/10/2013 - 03h20 – FOLHA - COTIDIANO
Com pedágio, ida e volta na Tamoios pode custar R$ 23
José Ernesto Credendio – São Paulo

O governo de São Paulo apresentou ontem a proposta final de concessão da rodovia dos Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte, com preço do pedágio que vai representar 63% do cobrado por quilômetro na via Imigrantes.
O início da cobrança do pedágio está previsto para 2015.
Mesmo assim, como o trecho concedido da Tamoios será maior, o preço do pedágio ida e volta pode alcançar cerca de R$ 23. Hoje, pela Imigrantes, o valor é de R$ 21,20.
Editoria de Arte/Folhapress
O modelo da concessão foi apresentado em audiência pública realizada ontem pela Artesp (agência reguladora dos transportes rodoviários de São Paulo).
Porém, a Artesp não apresentou previsão do preço final do pedágio, já que se trata ainda de uma proposta, que pode mudar.

A partir da audiência, a agência vai colher sugestões para lançar o edital de concessão. O governo espera assinar o contrato em 2014.

O plano do governo é privatizar a estrada do km 11,5, no entroncamento com a Carvalho Pinto, até o final da serra e ainda mais 33,9 km dos contornos de São Sebastião e Caraguatatuba, que devem estar totalmente concluídos somente em três anos.
Estão previstas três praças de cobrança: no km 12,8, logo após o trevo da Carvalho Pinto, no km 56,4, antes da descida na serra, e uma última na junção com os futuros contornos.
O valor dos pedágios será dividido entre as três praças, mas o governo não divulgou se os preços serão iguais em cada ponto de cobrança.
NOVA SERRA
O consórcio que vencer a concorrência terá que construir uma nova pista de descida da serra do Mar, na direção sul, e adaptar o traçado atual para a subida.
Ontem, após uma série de revisões, o governo estimou a obra em R$ 2,9 bilhões. Serão cerca de 21,5 km, com uma série de pontes e viadutos, como a Imigrantes.
Antes, a estimativa era que a serra ficasse pronta em três anos, mas o prazo foi alterado para cinco anos.
O período de concessão é de 30 anos. A concessionária ficará responsável pela manutenção da estrada.
A previsão das áreas técnicas do governo é que a Tamoios deve encerrar o ciclo de concessões rodoviárias nos modelos atuais.

Nos próximos anos, o Estado deve avaliar se vai privatizar somente a manutenção.


Hoje, o Estado tenta fazer com que haja uma redução das tarifas mais caras, mas já houve suspensão do reajuste de julho, por causa dos protestos.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tratamento da Psoríase

09/03/2013 - 05h04
Psoríase terá novas opções de tratamento 
MARIANA VERSOLATO
ENVIADA ESPECIAL A MIAMI

Os novos tratamentos para combater os sintomas da psoríase estiveram no foco das atenções no encontro da Academia Americana de Dermatologia, no início desta semana, em Miami (EUA).
A doença inflamatória crônica afeta de 1% a 3% da população mundial. Estima-se que o Brasil tenha 3 milhões de pessoas com o problema.
A psoríase não é contagiosa, não tem causa conhecida e caracteriza-se por manchas vermelhas, espessas e descamativas que geralmente aparecem nos braços, nas pernas e no couro cabeludo.
Como não há cura, o objetivo dos tratamentos --cremes, fototerapia, imunossupressores, corticoides e drogas biológicas-- é o controle dos sintomas.
As novas drogas apresentadas no evento em Miami poderão se converter em opções para os pacientes que não respondem aos tratamentos atuais ou sofrem com efeitos colaterais graves.
Inflamação
Um dos novos medicamentos é o Apremilast, uma droga oral que reduz a inflamação nas células da pele e das articulações.
No estudo de fase 3 (último antes da aprovação da droga), com 844 pacientes, 59% dos voluntários tiveram melhora de 50% dos sintomas após 16 semanas, de acordo com uma avaliação de severidade e extensão da doença.
Uma melhora de 75% dos sintomas foi observada em 33% do grupo que recebeu a droga, em comparação com 5% do grupo placebo. O remédio deve ser aprovado nos EUA até o fim deste ano, segundo a fabricante, o laboratório Celgene.
Os efeitos colaterais incluíram diarreia, náusea e infecção do trato respiratório.
De acordo com o dermatologista Davi de Lacerda, que participou do encontro nos EUA e não esteve envolvido no estudo, o remédio poderia ser uma opção para quem tem a doença na forma mais grave e não pode usar os remédios biológicos por seu alto custo, ou ainda para quem não obteve respostas com outros tratamentos, como a fototerapia.
"Mas é uma droga nova, sobre a qual precisamos de mais dados a longo prazo."
Outros estudos de fase 2 mostraram bons resultados com drogas experimentais.
Uma delas é um anticorpo monoclonal, batizado por enquanto de MK-3222, fabricado pela MSD e voltado a pacientes que têm psoríase moderada e severa com formação de placas.
Os voluntários tratados com a dose mais alta do remédio, de 200 mg, tiveram taxas de respostas de até 74%.
Uma pesquisa em roedores mostrou ainda que injeções de toxina botulínica melhoraram a aparência das lesões.
Para a dermatologista Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a ampliação do leque de tratamentos será benéfica pelo grande número de efeitos colaterais dos medicamentos disponíveis.
"Os imunossupressores, por exemplo, podem causar problemas de fígado, rim e hipertensão."
Durante o congresso, foi lançado ainda um aplicativo para celular direcionado aos médicos, o ADD Psoriasis App, para ajudar a diagnosticar e tratar a doença.
O programa tem um "checklist", recomendações de tratamento e acesso rápido a um guia sobre psoríase.
Editoria de arte/Folhapress

A jornalista MARIANA VERSOLATO viajou a Miami a convite da Celgene

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

IPTU Aprovado em 1ª votação, 20% para residenciais e 35% para não residencial.

A Câmara Municipal aprovou ontem, em primeira votação, o aumento do IPTU. O imposto ficará até 20% mais caro para os imóveis residenciais e até 35% para os não residenciais em 2014 --percentuais máximos de aumento neste ano.
Imóveis com valorização acima desses tetos pagarão novos reajustes nos próximos anos, mas limitados a 10% para residenciais e 15% para não residenciais.
No total, 31 vereadores foram a favor das mudanças. Outros 13, contra. Pelo menos 11 vereadores não ficaram até o final da sessão. O projeto ainda passará por uma segunda --e última-- votação, que deve ocorrer na próxima semana. Veja a votação:
Nome   Partido   Voto
Abou Anni   PV   Contra
Adilson Amadeu   PTB   Contra
Alessandro Guedes   PT   Favor
Alfredinho   PT   Favor
Andrea Matarazzo   PSDB   Contra
Ari Friedenbach   PPS   Favor
Arselino Tatto   PT   Favor
At¡lio Francisco   PRB   Favor
Aurelio Miguel   PR   CONTRA
Aur‚lio Nomura   PSDB   AUSENTE
Calvo   PMDB   A FAVOR
Claudinho de Souza   PSDB   CONTRA
Conte Lopes   PTB   A FAVOR
Coronel Camilo   PSD   A FAVOR
Coronel Telhada   PSDB   CONTRA
Dalton Silvano   PV   AUSENTE
David Soares   PSD   A FAVOR
Edir Sales   PSD   A FAVOR
Eduardo Tuma   PSDB   CONTRA
Floriano Pesaro   PSDB   CONTRA
George Hato   PMDB   AUSENTE
Gilson Barreto   PSDB   AUSENTE
Goulart   PSD   A FAVOR
Jair Tatto   PT   A FAVOR
Jean Madeira   PRB   A FAVOR
Jos‚ Am‚rico   PT   A FAVOR
Jos‚ Police Neto   PSD   AUSENTE
Juliana Cardoso   PT   A FAVOR
La‚rcio Benko   PHS   A FAVOR
Marco Aur‚lio Cunha   PSD   CONTRA
Mario Covas Neto   PSDB   CONTRA
Marquito   PTB   A FAVOR
Marta Costa   PSD   A FAVOR
Milton Leite   DEM   A FAVOR
Nabil Bonduki   PT   A FAVOR
Natalini   PV   CONTRA
Nelo Rodolfo   PMDB   A FAVOR
Noemi Nonato   PSB   A FAVOR
Orlando Silva   PCdoB   A FAVOR
Ota   PSB   A FAVOR
Patr¡cia Bezerra   PSDB   CONTRA
Paulo Fiorilo   PT   A FAVOR
Paulo Frange   PTB   A FAVOR
Pr. Edemilson Chaves   PP   AUSENTE
Reis   PT   A FAVOR
Ricardo Nunes PMDB A FAVOR
Ricardo Young PPS AUSENTE
Roberto Tripoli PV CONTRA
Sandra Tadeu DEM AUSENTE
Senival Moura  PT A FAVOR
Souza Santos  PSD A FAVOR
Toninho Paiva  PR AUSENTE
Toninho Vespoli
PSOL ABSTEVE
Vavá
PT A FAVOR
Valdir Mutran PP AUSENTE

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Disco Cervical Artificial M6-C

Disco Cervical Artificial M6-C


Todos os anos, centenas de milhares de adultos são diagnosticados com degeneração discal cervical, um quadro que envolve a parte superior da coluna e causa dor e adormecimento no pescoço, nos ombros, nos braços e até nas mãos. Este guia do paciente tem o objetivo de ajudar você a compreender melhor a degeneração discal cervical e apresentar uma visão geral de determinadas opções de tratamento.
Este guia não pretende equivaler a uma conversa detalhada com o seu médico. Caso você tenha dúvidas em relação a este material, anote-as e esclareça-as com seu médico ou outro profissional de saúde.

A Coluna Cervical

O que é a coluna cervical?

A coluna cervical é um sistema complexo de ossos, músculos, cartilagem e nervos projetado para suportar o peso da cabeça e permitir o movimento em diversas direções. A coluna cervical começa na base do crânio e é composta por sete pequenos ossos denominados vértebras. A estrutura forma um corredor de proteção para a passagem da medula espinhal e das raízes nervosas que levam os sinais de e para o cérebro, os ombros, os braços e o tórax.
O disco intervertebral cervical
Entre cada par de vértebras há um disco, que atua como uma almofada amortecedora de impactos e ajuda a manter o espaçamento correto, a estabilidade e a mobilidade da coluna cervical. Cada disco apresenta uma faixa externa fibrosa (denominada anel fibroso), semelhante a um pneu, que contém internamente uma substância gelatinosa (denominada núcleo pulposo). O núcleo e o anel trabalham juntos para absorver impactos, ajudar a estabilizar a coluna e permitir uma amplitude controlada de movimentos entre cada par de vértebras.

Degeneração Discal Cervical

Conforme envelhecemos, os discos da nossa coluna cervical sofrem desgaste e tornam-se achatados. O achatamento do disco força a aproximação entre as vértebras, o que pode aumentar a tensão, não somente sobre o disco, mas também sobre as articulações, os músculos e os nervos mais próximos. Esse processo é conhecido como degeneração discal cervical e pode levar a diversos quadros dolorosos.
Quadros causados pela degeneração discal cervical
Hérnia de disco
A hérnia de disco, conhecida também como herniação do núcleo pulposo (HNP), ocorre quando a camada mais externa do disco (o anel fibroso) se rasga ou rompe devido à tensão exercida pelas vértebras mais próximas. Essas rupturas podem fazer com que a substância gelatinosa central (o núcleo pulposo) extravase parcial ou totalmente, exercendo pressão nos nervos mais próximos ou na medula espinhal. Essa pressão pode causar sintomas de dor ou fraqueza em partes específicas do corpo, dependendo dos nervos que estão sendo comprimidos.
Esporões ósseos (osteófitos)
Os esporões ósseos, também denominados osteófitos, são pequenas saliências que se formam nas vértebras em decorrência do aumento da tensão sobre esses ossos. Normalmente, os esporões causam apenas rigidez ou torcicolo ocasional. Entretanto, assim como ocorre com a HNP, os esporões ósseos podem pressionar os nervos adjacentes ou a medula espinhal, causando sintomas de dor e fraqueza em determinadas partes do corpo.
Sintomas da degeneração discal cervical
Embora muitas pessoas apresentem degeneração discal cervical decorrente do envelhecimento natural, poucas vivenciam sintomas graves. Normalmente, os sintomas da degeneração discal cervical são leves, incluindo dor e rigidez no pescoço e nos ombros e dor de cabeça ocasional. Entretanto, os sintomas da degeneração discal cervical podem se tornar mais graves quando os nervos são pinçados por uma hérnia de disco ou esporões ósseos. Isso pode ocasionar quadros dolorosos, conhecidos como radiculopatia cervical e mielopatia cervical.
• Radiculopatia cervical: quando os nervos da coluna são pinçados, isso pode causar dor, fraqueza ou adormecimento no pescoço, nos ombros, nos braços e nas mãos. Frequentemente, o indivíduo sente uma dor aguda irradiando-se pelo braço.
• Mielopatia cervical: ocasionalmente, a própria medula espinhal é pinçada, o que causa dores fortes ou fraqueza nos braços e nas pernas. A dor pode resultar em dificuldades para caminhar e para movimentar as mãos.
Diagnóstico
O seu médico realizará um exame físico e de histórico para compreender os seus sintomas e determinar se você tem algum comprometimento de nervos ou da medula espinhal causado por fatores relacionados à degeneração discal cervical.
Durante o exame, serão examinados fatores como postura, mobilidade do pescoço, reflexos, força muscular e áreas dolorosas. Em caso de suspeita de degeneração discal cervical, o médico poderá solicitar uma radiografia ou uma ressonância magnética para avaliar seus discos e nervos e a medula espinhal para determinar uma estratégia de tratamento.

Tratamento Da Degeneração Discal Cervical

Opções de tratamento disponíveis
Para muitos pacientes, os tratamentos não cirúrgicos ou tradicionais já conseguem efetivamente aliviar os sintomas da degeneração discal cervical. Esses tratamentos podem incluir combinações de repouso e fisioterapia, ou o uso de analgésicos e antiinflamatórios. Se a dor e o adormecimento persistirem mesmo após o tratamento, opções cirúrgicas podem ser consideradas. O tratamento cirúrgico envolve a remoção do disco herniado, dos osteófitos e dos esporões ósseos que estejam causando os sintomas; esse processo é conhecido como descompressão.
Ambos os tratamentos, tradicional e cirúrgico, foram desenvolvidos para aliviar os sintomas dolorosos. Seu médico determinará qual é o melhor tratamento com base na gravidade do seu distúrbio degenerativo.

Procedimento

O que acontece durante a cirurgia?Durante a cirurgia de substituição de disco, uma pequena incisão, de 3 a 4 cm, é feita na parte anterior do pescoço para permitir o acesso à coluna cervical. O disco danificado é removido (discectomia), aliviando o pinçamento do nervo (descompressão). Depois, o disco cervical M6 é inserido no espaço discal por meio de instrumentos especializados e de alta precisão. Após a colocação do M6, a incisão é fechada.
O que devo esperar após a cirurgia?Após a cirurgia, e antes da alta, seu médico fornecerá orientações sobre atividades e requisitos de acompanhamento. Talvez sejam necessárias sessões de fisioterapia para cicatrização e fortalecimento da sua coluna cervical. Alguns exames de acompanhamento serão solicitados pelo seu médico após a cirurgia para avaliar sua recuperação.

O Disco Cervical Artificial M6 é a opção certa para mim?

Converse com o seu médico para saber quais são os benefícios e os riscos associados ao uso do disco cervical artificial M6 e saber se você é um candidato ao procedimento de substituição de disco cervical com o disco artificial M6.

Glossário

Anel fibroso
Faixa externa fibrosa, semelhante a um pneu, que envolve o disco natural e contém a substância gelatinosa interna (denominada núcleo pulposo).
Disco artificial
Prótese cervical inserida entre os corpos vertebrais após a remoção de um disco degenerado. O disco artificial mantém a altura discal e facilita a movimentação no nível da vértebra tratada.
Disco cervical
Localizado entre cada par de vértebras. Ajuda a manter o espaçamento adequado, a estabilidade e a mobilidade da coluna cervical. Cada disco é formado por um núcleo pulposo e um anel fibroso.
Degeneração discal cervical
Alterações na coluna e nas áreas adjacentes (disco intervertebral, articulações etc.), resultantes do processo de envelhecimento natural ou de lesões e que podem limitar a mobilidade e a estabilidade da coluna.
Descompressão
Tratamento cirúrgico para aliviar a pressão sobre a medula espinhal ou raízes nervosas exercida por hérnia de disco, osteófitos e esporões ósseos.
Discectomia
Remoção parcial ou total de um disco intervertebral.
Herniação do núcleo pulposo (HNP)
A hérnia ou ruptura do disco ocorre quando parte da substância gelatinosa interna (núcleo) extravasa por uma fissura na faixa externa do disco (anel), exercendo pressão sobre os nervos adjacentes ou a medula espinhal. Essa migração do material do disco para fora dos limites do corpo vertebral é conhecida como herniação de núcleo pulposo (HNP). Há diversos graus de HNP que, após a identificação, devem ser tratados adequadamente.
Mielopatia 
Resulta da compressão da medula espinhal por protrusões ósseas e/ou do disco.
Núcleo pulposo
Substância gelatinosa alojada no centro do disco, envolvida por uma faixa externa semelhante a um pneu (chamada anel fibroso).
Radiculopatia
Compressão de uma ou mais raízes nervosas cervicais. Compressão da raiz nervosa por hérnia de disco ou esporões ósseos (osteófitos).
Vértebras (corpo vertebral)
Segmentos ósseos que formam a coluna vertebral dos humanos. As vértebras cervicais (pescoço) são as primeiras 7 vértebras superiores da coluna vertebral. Elas são denominadas C1 a C7, de cima para baixo
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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Executivo era dono de uma casa de 500 metros quadrados num condomínio de alto padrão, um sítio em Itatiba

20/10/2013 - 02h25 – FOLHA – David Friedlander
Acusado do maior desfalque a banco do país hoje vive de bico
O principal acusado do maior desfalque a banco da história do país, o desvio de US$ 242 milhões do antigo Noroeste nos anos 90, vive hoje da aposentadoria do INSS e faz bicos para reforçar o orçamento.
Nelson Sakagushi, 66 anos, já foi verdureiro, corretor de imóveis e vendedor de produtos químicos. Sem nada no momento, o ex-diretor da área internacional do Noroeste agora tenta dar aulas numa escola de inglês.
Por causa do escândalo, que veio à tona em 1998, diz ter perdido quase todo o patrimônio construído nos tempos de executivo. A casa no condomínio de alto padrão, o sítio no interior e os carros foram vendidos ao longo dos últimos 15 anos para quitar dívidas e pagar a escola dos filhos.
De acordo com suas contas, somando as aposentadorias do casal e a receita da mulher com aulas de português e matemática, hoje consegue juntar cerca de R$ 5.500 no fim do mês. No auge da carreira, encerrada com a descoberta do desfalque, ganhava o equivalente a US$ 25 mil (cerca RS$ 50 mil hoje), tinha carro do banco e recebia dois bônus por ano.
"Você acha que, se tivesse dinheiro, ia passar tanto tempo no sufoco? Não peguei esses US$ 200 e tantos milhões, nem US$ 10 milhões, nem US$ 1 milhão."
Marcelo Soubhia - 9.abr.98/Folhapress
Nelson Sakagushi, em foto de 1998, época em que foi acusado de envolvimento em sumiço de recursos no banco Noroeste
Nelson Sakagushi, em foto de 1998, época em que foi acusado de envolvimento em sumiço de recursos no banco Noroeste
Sakagushi conversou com a Folha no último dia 11, no escritório de seu advogado, no centro de Embu das Artes. Foi sua primeira entrevista nos últimos dez anos. Foi vago em alguns pontos, não quis ser fotografado e exigiu que o repórter deixasse o paletó, a bolsa e tudo que tinha nos bolsos antes de vê-lo. "Ele acha que você pode ter uma câmara escondida", explicou o advogado José Tadeu Galeti.
Sakagushi sempre negou ter colocado a mão no dinheiro do banco. A diferença, desta vez, é que a versão é confirmada pelo lado de lá. Os advogados dos ex-proprietários do Noroeste dizem que, depois de vasculhar sua vida durante anos, concluíram que Sakagushi não ficou com nada para ele.
"Perdeu tudo para uma quadrilha de vigaristas nigerianos e entregou cerca de US$ 10 milhões a uma mãe de santo, sua guia espiritual", diz o advogado Domingos Refinetti, chefe da operação de busca que recuperou para os ex-controladores mais da metade dos recursos desviados.
"Sakagushi é um doido. Juntou-se aos nigerianos para dar um golpe no banco e acabou tomando um golpe deles", diz o advogado Otto Steiner, ex-diretor jurídico do Noroeste e primeiro a investigar o caso.
GOLPE
O dinheiro do Noroeste começou a sumir em 1995, a partir de uma agência que o banco tinha nas ilhas Cayman, um paraíso fiscal do Caribe. A maior parte foi transferida para Suíça, Reino Unido e Estados Unidos --em contas usadas por uma quadrilha internacional de lavagem de dinheiro, baseada na Nigéria. Como as operações eram escondidas por meio de extratos e documentos falsos, durante um bom tempo ninguém percebeu nada de anormal na filial do Caribe.
As famílias Cochrane e Simonsen, donas do banco, só deram falta dos US$ 242 milhões três anos depois, quando venderam o banco para o Santander. Para não perder o negócio, precisaram devolver metade dos US$ 480 milhões que tinham recebido do banco espanhol.
O responsável pelas transferências era Sakagushi, mas três de seus subordinados também se envolveram. A descoberta foi um choque no banco. Funcionário exemplar, quase 15 anos de casa, ele representava o Noroeste nos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O ex-diretor diz que foi vítima na história, não o criminoso. Teria sido convencido a investir na construção de um aeroporto na Nigéria por um grupo de funcionários do governo e empresários daquele país. Quando deu por si, não havia aeroporto algum e o dinheiro tinha sumido.
Diz que acreditava estar fazendo um bom negócio para o Noroeste, mas não esclarece porque agiu às escondidas. "Mais gente no banco sabia", limita-se a dizer.
PRISÃO
Do dinheiro sumido das ilhas Cayman, os ex-controladores do Noroeste recuperaram US$ 150 milhões, que estavam investidos em aplicações financeiras, imóveis e empresas comprados pelos nigerianos. Essa quadrilha mais tarde foi desmantelada, e os golpistas foram condenados e presos em seu país.
Sakagushi responde a um processo que se arrasta há 14 anos no Brasil, mas já foi condenado por lavagem de dinheiro e ficou dois anos preso --na Suíça.
Foi o momento mais sofrido para a família Sakagushi. Com uma ordem de prisão contra ele na Suiça, foi detido em 2002 ao pisar no aeroporto JFK, em Nova York, e deportado para Genebra. Na cadeia, trabalhava na cozinha e mandava de US$ 400 a US$ 450 por mês para casa.
Ex-colegas do banco lembram que naquela fase sua mulher vendia arranjos de flores em feiras de artesanato da região de Cotia, onde a família morava.
No retorno ao Brasil, em 2004, já endividado, pegou dinheiro emprestado com parentes, comprou um caminhão velho e começou a plantar verduras e legumes no sítio de Atibaia. Vendia a produção em pequenos mercados, na beira da estrada, e chegou a ser fornecedor de um supermercado. O negócio não deu certo, "porque tinha muita gente torcendo contra", e ele acabou se desfazendo do sítio e do caminhão para pagar dívidas.
Depois foi corretor de imóveis, vendeu produtos químicos para pequenas indústrias e chegou a entrar numa importadora de pedras decorativas, que nem chegou a funcionar. No começo do ano, tentou emprego numa escola de inglês, mas foi rejeitado. Acha que foi por causa da idade.
A situação da família do ex-diretor do Noroeste hoje é mais tranquila. "Agora minhas duas filhas trabalham e ajudam em casa. As contas do dia a dia estão equilibradas, mas precisei fazer um empréstimo consignado para pagar dívidas que sobraram." Uma das filhas é professora de educação física, a outra é bancária, e o filho ainda estuda.
Os cinco moram numa casa de 250 metros quadrados em Vargem Grande do Sul, região metropolitana de São Paulo. Ele tem um Golf 1995, a mulher, um Toyota Corolla 2004, e uma das filhas comprou um Fiesta 1.0, ano 2008, financiado em 72 prestações. Esse é o patrimônio atual de Sakagushi. Antes do escândalo, o então executivo era dono de uma casa de 500 metros quadrados num condomínio de alto padrão, um sítio em Itatiba e três carros grandes.
A prioridade, neste fim de ano, é cuidar do processo penal. Aberto em 1999, tem 52 volumes, mais de 10 mil páginas, envolve outros ex-funcionários do Noroeste e corre em segredo de Justiça.

No fim do mês, acaba o prazo para que os réus apresentem seus últimos argumentos e depois disso a papelada será entregue ao juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que começará a avaliar o caso. Sakagushi é o principal acusado, por crimes como desvio de valores ou induzir o Banco Central a erro. Advogados que acompanham o caso calculam que, se for condenado, o ex-diretor do Noroeste poderá pegar de 7 a 22 anos de prisão.

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