quinta-feira, 31 de março de 2016

O Poder da Mídia na Globalização

Todos os homens são iguais perante Deus
E sem uma boa agência de propaganda,
todas as margarinas também.


As duas marcas de margarina mais vendidas no Brasil são praticamente idênticas no sabor e na cremosidade. Só que, curiosamente, uma delas vende quase o dobro da outra.

Como se leva o consumidor a preferir uma margarina, um shampoo, uma cerveja, ou qualquer outro produto, entre tantos tão iguais?

Sim, porque por mais dinheiro que se invista, nenhum laboratório de pesquisas do mundo seria capaz de criar diariamente um novo diferencial para a margarina.

Acontece que a comunicação pode.

Ela é, aliás, a maneira mais eficaz e poderosa de se criar o desejo de compra nas pessoas. E com uma enorme vantagem de custo.

É por isso que comunicação e marketing se transformaram nas atividades mais importantes de uma empresa.

Mais importantes que o produto, preço, distribuição, que, sozinhos, seriam incapazes de gerar volume de vendas. Mais importantes que a fábrica. (Nike é líder mundial e não possui uma fábrica).

Mais importantes até que a própria empresa. (O Laboratório Fontoura fechou há uma década, mas suas marcas Biotônico Fontoura e Detefon continuam sendo vendidas até hoje.)

Só que quem pode entender de óleos vegetais e hidrogenados e, ao mesmo tempo, cuidar da comunicação de uma marca? Qual a empresa que pode pensar criativamente o seu próprio produto, pensar nele conceitualmente, com uma visão menos afetiva e incestuosa, e muito mais realista?

É aí que nasce a relação entre uma empresa e uma boa agência de propaganda, talvez a parceria mais importante na história de qualquer produto vitorioso, de qualquer companhia de sucesso.

Se uma marca só pode acontecer através de uma boa comunicação, uma boa comunicação só pode ser produzida por uma boa agência e uma boa equipe.

Afinal, são essas pessoas que passaram dezenas de anos lidando com o marketing de grandes empresas. Aprenderam com a experiência o que funciona ou não. Já gastaram milhões de dólares testando novas idéias. E é por isso que ninguém como eles consegue fazer duas margarinas parecerem tão diferentes.

Talvez isso explique o respeito e o forte relacionamento de anos de uma Gessy Lever — fabricante da líder Doriana — com a sua agência de propaganda. Bem como tantos outros exemplos que se vêem no mercado.

Se você tem uma boa agência de propaganda, aprenda a utilizá-la. Tente extrair o máximo que ela pode oferecer. Divida com ela dúvidas, temores, alegrias, erros e acertos. Mas, acima de tudo, valorize sua agência.

Você não calcula quanto uma equipe dessas, estimulada, é capaz de fazer pela sua empresa.

Sem esse tipo de parceria, entretanto, talvez seja melhor nem tentar. A cada 10 novos produtos lançados, 7 deles fracassam porque, por uma razão ou outra, não conseguem sobressair junto ao consumidor.

O mercado, ao contrário de Deus, é bem exigente, seletivo e impiedoso.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PROPAGANDA

quarta-feira, 23 de março de 2016

Polícia Federal investiga suspeita de fraude em obra do Rodoanel de SP.

  • De São Paulo
  • Rivaldo Gomes-22.jan.2016/Folhapress
    Trecho do Rodoanel, em São Paulo
    Trecho do Rodoanel, em São Paulo
A Polícia Federal (PF) em São Paulo investiga suspeita de superfaturamento e fraude à licitação nas obras do Trecho Norte do Rodoanel, contratada pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). Investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) apuram se o aumento de ao menos R$ 170 milhões nos custos de terraplenagem da construção foi autorizado pela estatal para beneficiar empreiteiras.
A Dersa nega qualquer favorecimento às construtoras que executam os seis lotes da obra e afirma que teve de incluir novos serviços nessa etapa da construção por questões geológicas, por causa dos riscos de impacto em moradias do entorno, além de grandes deslocamentos de terra que não estavam previstos.
"A gente solicitou uma série de avaliações ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) nesse sentido. Identificada alguma discrepância, ela vai ser corrigida", disse o presidente da empresa, Laurence Casagrande.
O inquérito foi instaurado no dia 16 de fevereiro pela Delefin, delegacia especializada no combate a desvio de recursos públicos, após denúncia feita por um ex-funcionário da estatal. Segundo o delator, os custos com terraplenagem subiram mais de R$ 420 milhões depois de a Dersa assinar aditivos contratuais com os consórcios que executam a obra, em 30 de setembro de 2015, incorporando composições de preços e incluindo novos serviços, mas sem alterar o valor final do contrato.
Na terça-feira (22) o Ministério Público Federal (MPF) intimou a Dersa a enviar cópias de todos os contratos e aditivos relacionados ao Trecho Norte. O Estado questionou o órgão para saber se ele abriu uma outra investigação sobre o Rodoanel ou apenas colabora com a PF, mas não obteve resposta. A apuração de suposto desvio virou alvo das instituições porque a obra recebe repasses do governo federal.
As modificações foram feitas a cinco meses do fim do prazo contratual da obra, que deveria ter sido concluída em fevereiro. No mês passado, em visita ao local, Alckmin disse que já havia executado 53% dos 47,6 quilômetros que vão ligar as rodovias dos Bandeirantes e Presidente Dutra e concluir assim o anel viário da Grande São Paulo. Agora, a promessa é entregá-lo em março de 2018.

Aumento

Pelos contratos assinados em 2013, no valor total de R$ 3,9 bilhões, o custo previsto com terraplenagem em toda a obra era de R$ 423,7 milhões. Planilhas de pagamentos da Dersa obtidas pelo Estado mostram que, até janeiro deste ano, o valor atualizado para esse serviço era de R$ 845,4 milhões, um aumento de 99,6%.
A Dersa afirma, contudo, que uma parte significativa desses valores na planilha de pagamentos se refere a serviços reajustados de terraplenagem feitos em outras fases da construção, como obras de artes especiais e túneis, e não na fase de terraplenagem prevista no contrato. Assim, afirma a estatal, o aumento real desse serviço foi de R$ 170 milhões, ou 40,2% do previsto na soma dos contratos.
O maior acréscimo (385,6%) foi registrado no lote 2, executado pela construtora OAS, investigada pela Operação Lava Jato e cujo sócio já foi condenado no escândalo de corrupção da Petrobrás. Nele, os valores subiram, principalmente, por causa do aumento do serviço de transporte de material por mais de 15 quilômetros (R$ 12,3 milhões) e da inclusão do serviço de remoção de rocha (matacão) em escavação (R$ 22,3 milhões).
O segundo maior aumento, segundo a Dersa, aconteceu no lote 1, do consórcio Mendes Júnior/Isolux Corsán, também investigado na Lava Jato. Nele, houve acréscimo de 69,8%, ou R$ 30,2 milhões, principalmente com o serviço de desmonte de rocha com uso de argamassa expansiva, que não estava prevista. Esse técnica, mais cara, é usada para destruir uma rocha sem precisar explodi-la, eliminando o impacto de vibração da terra e reduzindo o risco de danos à rede elétrica existente.

terça-feira, 22 de março de 2016

A quem interessa o fim desse governo?

Professor de economia da EESP-FGV, Bernardo Guimarães é autor do recém-lançado “A Riqueza da Nação no Século 21”.
Formado em Engenharia de Produção pela USP, tem doutorado em Economia pela Yale University. Foi  professor na London School of Economics.

A quem interessa o fim desse governo?

POR BERNARDO GUIMARÃES - 21/03/2016  08:07 -  FOLHA
Há diversas narrativas no debate sobre o atual governo e as investigações sobre corrupção. Este post foca em duas delas.
Primeira narrativa:
Há muita corrupção no governo, o Petrolão é um escândalo de enormes proporções e os principais líderes do governo devem ser responsabilizados.
Há, aliás, corrupção demais na política em geral. Em parte, porque há muita impunidade: políticos e empresários corruptos quase nunca são punidos.
É exatamente por isso que as investigações e prisões recentes são tão animadoras. Empreiteiros milionários e políticos poderosos têm sido presos e condenados. Daqui para frente, políticos e empresários, ao decidir entre a corrupção e um caminho mais honesto, levarão em conta que há possibilidade de punição.
A forte reação da maioria contra esse governo decorre não apenas da corrupção, mas de dois outros fatores.
O primeiro é a incompetência do governo que está causando uma crise enorme, afetando negativamente a renda de todos, ricos e pobres.
O segundo é o discurso desonesto do governo, que inventa uma luta entre poderosos e oprimidos para justificar a corrupção e a incompetência.
Segunda narrativa:
Sim, há corrupção no governo e na política como um todo. Mas é ingenuidade achar que o que se retrata hoje como uma operação anti-corrupção tem de fato esse objetivo.
O que se vê hoje é uma operação orquestrada pelas elites para acabar com o governo do PT. A maioria que hoje defende o impeachment está sendo enganada pela grande imprensa.
Há interesses econômicos por trás do clamor por impeachment: a elite quer tirar do poder um governo que tem optado por beneficiar os pobres em detrimento dos ricos.
Como distinguir entre as narrativas?
Algumas implicações são comuns às duas narrativas. Por exemplo, nos dois casos, espera-se que os ricos estejam contra o governo (na primeira narrativa porque o governo é ruim para todos, na segunda porque o governo é ruim para os ricos)
Além disso, é claro que as motivações de vários políticos não são nada nobres. Isso é consistente com as duas narrativas (pode resultar de uma conspiração das elites contra o PT, ou da existência de muitos corruptos na política).
Quem defende a primeira narrativa dirá que se queremos um ambiente político menos corrupto, precisamos começar a punir, e há motivos de sobra para tal. Quem defende a segunda dirá que os políticos em geral não se sentirão mais ameaçados com o sucesso da Lava Jato, pois o processo é só uma investida contra o PT.
Para distinguir entre teorias, precisamos buscar implicações distintas de cada uma delas que possam ser contrastadas com fatos e dados.
As duas narrativas têm implicações bem diferentes para a política econômica.
De acordo com a primeira narrativa, as escolhas de política econômica nessa década têm sido desastrosas para todos. O fim desse governo interessa a todos.
De acordo com a segunda narrativa, a política econômica do governo tem focado nos pobres e prejudicado os ricos. O fim desse governo só interessa aos ricos.
Precisamos, então, olhar para a política econômica. E aí, a evidência é consistente com a primeira narrativa e contrária à segunda.
A política econômica desde 2010
O aumento real do salário mínimo é um exemplo frequentemente citado de medida do governo do PT para beneficiar os mais pobres.
A expansão desenfreada do BNDES é um exemplo frequentemente citado de medida do governo do PT para beneficiar os mais ricos.
Há vários exemplos como esses. Combinados, mostram que é incorreto caracterizar a política econômica dessa década como sendo pró-rico ou pró-pobre.
A política econômica dessa década foi, isso sim, mais intervencionista. Por vezes, isso afeta diretamente os mais ricos; por vezes, o efeito direto é sobre os mais pobres. Só que o efeito não para por aí.
Essas intervenções de política têm efeitos sobre a economia como um todo. Efeitos bons ou ruins? Muitos economistas, como eu, acham que na maior parte das vezes, são ruins. Outros acham que são bons (ou achavam na época). Outros defendem o caminho em linhas gerais, mas discordam das políticas aplicadas.
A discordância é, portanto, sobre o efeito na economia como um todo, não sobre favorecer pobres ou ricos.
A economia vai muito mal nessa década por conta das políticas econômicas aplicadas desde 2010. O governo culpa uma crise internacional, mas sabe que isso é mentira. Fazendo de conta que a Nova Matriz Econômica de 2012-2013 nunca existiu, o governo tenta mudar o rumo da política econômica. Economistas discordam sobre quanto de fato se pretende mudar. Não dá para saber mesmo, porque o governo não está conseguindo mais governar. E assim, a economia como um todo sofre.
A questão central da discussão sobre política econômica até pouco tempo atrás era o efeito da política fiscal sobre a economia como um todo.
Quem era contra o ajuste fiscal argumentava que o ajuste causaria recessão e nos afundaria em uma crise. Seria, portanto, ruim para todos.
Quem era a favor, dizia que o ajuste fiscal era necessário para equilibrar as contas e gerar confiança, o que traria de volta os investimentos. Seria, portanto, bom para todos.
Por fim, a discussão sobre o Bolsa Família é falsa. Lula tem o mérito de ter implementado um programa de transferência de renda muito bom e muito bem sucedido. Mas o mérito deve ser repartido com os economistas “ortodoxos” do seu governo que elaboraram o programa, não com os ministros do PT que, na época, eram contra (a história do Bolsa Família não cabe neste post, eu conto no meu livro).
Hoje, ninguém quer acabar com o Bolsa Família e muitos dos seus principais criadores se opõem fortemente ao governo Dilma.
Vamos resolver essa discussão
Há uma conspiração contra o PT, pois o governo beneficia pobres em detrimento dos ricos? Ou o governo está sendo ruim para todos?
Hoje, leigos de todo o Brasil discutem aspectos jurídicos da operação Lava Jato. Contudo, por trás da questão jurídica, paira um embate entre versões das narrativas apresentadas aqui.
Sem resolver esse embate, as discussões sobre esses e outros aspectos conjunturais não são úteis e nem agradáveis.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Carambola afeta saúde de pessoas com problemas renais

Fruta possui substância tóxica que afeta a saúde dos rins e leva a outras complicações

ARTIGO DE ESPECIALISTA PUBLICADO EM 10/02/2015 - Rita Novais

carambola possui boas quantidade de vitamina A que é aliada da visão, da pele e ajuda no desenvolvimento do feto. Ela também conta com vitamina C, que melhora a imunidade, vitamina E, que tem forte ação antioxidante, e vitaminas do complexo B, que são essenciais para o sistema neurológico. 
O potássio, que ajuda no controle da pressão arterial, também está presente na carambola, assim como as fibras, que favorecem o funcionamento do intestino. A carambola pode ser consumida como a fruta in natura, na forma de geleia, compotas ou sucos. 

Problemas da carambola

Infelizmente, apesar de possuir as vitaminas mencionadas acima, a carambola também possui um lado ruim. Pacientes com problemas renais crônicos não devem ingerir a carambola, isto porque a fruta conta com a enzima caramboxina que não é filtrada pelos rins. 
O excesso da caramboxina pode atingir o cérebro e ocasionar vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e levar até mesmo à morte. Pessoas com propensão a formação de cálculos renais por ácido oxálico devem evitar o consumo da fruta. 
Diabéticos também devem evitar o consumo da carambola, pois eles têm tendência a desenvolver problemas renais. Algumas pessoas com hipertensão têm problemas renais assintomáticos, de modo que o consumo da carambola pode agravar o quadro. 
Para pessoas saudáveis, a quantidade recomendada de carambola é uma unidade do fruto maduro. A carambola pode ser ingerida por pessoas saudáveis, mas sem excessos. Se ela for consumida em grande quantidade ou se o suco da carambola for consumido diariamente também podem ocorrer problemas renais. A dose máxima de carambola que pode ser ingerida varia de acordo com a pessoa, não foi realizado nenhum estudo sobre a dose máxima. 
Alguns sintomas da intoxicação por carambola são: soluços, confusão mental, perda da força muscular e convulsões. Diante destes sintomas é importante buscar a ajuda médica. 

 HOMÍLIA DOMINICAL  24 DE DEZEMBRO DE 2023. 4º DOMINGO DO ADVENTO LEITURA DO DIA Primeira leitura -  Leitura do Segundo Livro de Samuel 7,1-...