segunda-feira, 11 de junho de 2012

Joalheria carioca Natan pede recuperação judicial


11/06/2012 - 10h13 - Folha - Mercado
Do Rio
A tradicional joalheria carioca Natan entrou com um pedido de recuperação judicial para solucionar a crise financeira decorrente de uma dívida de R$ 15 milhões.
Inaugurada em 1956, a joalheria leva o nome de seu dono, Natan Kimelblat, 89, um imigrante polonês de origem judaica. Na década de 40, ele chegou ao Brasil com U$ 100 na carteira.
Começou a vida vendendo bolsas de porta em porta até descobrir o mercado de joias. No auge, a Natan chegou a ter mais de dez lojas pelo país. Atualmente, são seis endereços.
As criações assinadas por Natan conquistaram clientes famosos, como Lily Marinho. No leilão de joias da ex-mulher do empresário Roberto Marinho, promovido pela Sotheby's em 2010, estavam duas peças da marca brasileira: um bracelete com 25 diamantes e um anel com três diamantes, cada um deles estimado na época em R$ 400 mil.
Na ação, a empresa requisitou a liberação das receitas das vendas em cartão de crédito, que vinham sendo retidas pelos bancos como garantia de pagamento de dívidas.
No início do mês, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, concedeu uma liminar determinando que os bancos Itaú e Safra suspendessem a chamada "trava bancária".
Cecilia Acioli/Folhapress
Fachada da joalheira Natan no Rio de Janeiro; empresa busca se reerguer com pedido de recuperação judicial
Fachada da joalheira Natan no Rio de Janeiro; empresa busca se reerguer com pedido recuperação judicial
Segundo um representante da joalheria, a dívida da Natan está associada a contratos de locação, salários de funcionários e pagamentos de fornecedores.
"Demos entrada no processo de recuperação judicial para possibilitar a restruturação da empresa", disse André Alves de Almeida Chame, advogado da joalheria.
No pedido, a joalheria informou que 85% de seu faturamento mensal vinham sendo bloqueados pelos bancos.
"A trava bancária dificultava a gestão da empresa, que precisa definir suas prioridades neste processo de recuperação", acrescentou o advogado. "A Natan vai pagar a todos credores e, prioritariamente, os seus funcionários".
Com o endividamento, a empresa acabou obrigada a alienar o prédio da joalheria na Rua Vinicius de Moraes, em Ipanema. E, desde o ano passado, fechou lojas em Brasília, Recife e São Paulo.

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