Asfixia pode ter sido causa da morte de casal em Itatiba
12/06/2012 20:36 – Agência Bom Dia
Segundo delegado de Itatiba, a morte teria sido provocada
por churrasqueira que estava dentro do quarto.
Asfixia pela combustão de carvão dentro do quarto. Segundo o
delegado titular de Itatiba, na região de Jundiaí, Paulo Eduardo Zuiani essa
foi a provável causa da morte do empresário Clayton Mingotti, 32 anos, e sua
mulher, a professora Marinalva Soares da Silva, 36, encontrados mortos em sua
casa, nesta segunda-feira.
A tese foi apresentada ontem a tarde em coletiva a imprensa
na delegacia da cidade, quando a polícia apresentou fotos do quarto do casal em
que aparece uma churrasqueira com cinzas de carvão ao lado da cama do casal.
“Provavelmente eles a utilizaram para aquecer o cômodo. A porta, janela e
cortina estavam fechadas. Eles devem ter dormido e inalado gás tóxico”, afirmou
Zuiani.
Não foram encontrados indícios de crime no quarto. “Não
havia nenhum sinal de que algo violento tenha ocorrido. O único objeto estranho
encontrado no quarto do casal foi exatamente a churrasqueira. Nossas equipes de
investigadores foram para o local assim que informados sobre a morte e ontem
novamente, para levantar o máximo de informações possíveis”.
O delegado também falou sobre o veneno que teria sido
encontrado na casa, que chegou a ser apontado como a possível causa da morte.
“Por enquanto não há nenhum indício que a morte tenha ocorrido por
envenenamento. O que encontramos foi material para exterminar cupim, o que é
normal, pois o empresário trabalhava com madeira”, destacou Zuiani. O produto
estaria lacrado e guardado na garagem da casa.
Perguntado sobre outras hipóteses para as mortes, o delegado
disse que não as descarta, mas a principal pista seria a churrasqueira. “As
investigações continuam. Foi realizado um laudo e pedido exame toxicológico.
Vamos aguardar os resultados dos exames”, encerrou Zuiani. Clayton e Marinalva
foram enterrados ontem à tarde em Itatiba. O filho do casal, único que estaria
presente na casa durante o ocorrido, está sob guarda de um dos avós, diz a
polícia.
Comoção
Parentes e amigos estavam inconformados com a fatalidade e
descartaram ontem, durante o velório, que o casal tivesse ingerido veneno. “Não
acredito nisso. Eles eram cheios de vida e não passavam por problemas”, contou
o primo de Clayton, que não quis divulgar seu nome.
O cunhado do empresário, José Manoel Marques, comentou que a
churrasqueira chegou a ser assunto durante um encontro da família. “Ele chegou
a dizer que compraria uma churrasqueira elétrica para aquecer o ambiente e
disse que não tinha perigo, porque não faria fumaça.”
Caso
Os corpos do empresário e da professora foram localizados na
casa onde moravam no bairro Recanto da Colina. Um familiar que tentava entrar
em contato com o casal através dos celulares foi o primeiro a chegar ao quarto
e constatar as mortes.
Como nenhum dos dois atendia e quando ligava para casa
apenas o filho deles, de 3 anos, atendia, o parente desconfiou que algo estaria
errado e foi para o local, onde percebeu que os carros do casal ainda estavam
na garagem. Depois de chamar, ninguém saiu para atendê-lo. Ele teria pulado o
muro e quando entrou na casa encontrou o filho do casal na sala com vários
brinquedos. Ao entrar no quarto, viu o casal morto na cama.
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