quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O que o Governo do RJ vai falar sobre o desfecho da morte de Amarildo?

Caso Amarildo precisa de punição exemplar, para as autoridades nunca mais usar força para reprimir movimentos populares.


02/10/2013 - 17h51
Após indiciar PMs, delegado diz que Amarildo pode ter sido torturado em matagal
DIANA BRITO - DO RIO
O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, afirmou na tarde desta quarta-feira que tomou como base um conjunto de provas testemunhais para indiciar os dez policiais militares por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Segundo ele, uma das hipóteses é que Amarildo tenha sido torturado no matagal do parque ecológico no entorno da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, na zona sul carioca.
"Dentro do conteiner [da UPP] não existia marca de sangue. Ele não foi torturado ali. Estamos convictos do que o inquérito apurou", afirmou o delegado, em entrevista coletiva na Divisão de Homicídios, sem dar mais detalhes.
Barbosa disse que o inquérito foi encerrado na terça-feira (30) na delegacia com mais de 50 depoimentos. Agora, a polícia aguarda manifestação do Ministério Público e decisão judicial.
Foram pedidas as prisões preventivas dos policiais por indícios de ameaças às testemunhas. De acordo com a investigação, nenhum PM suspeito confessou o crime. Eles negam envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro.
Três pessoas que prestaram depoimentos contra os policiais foram incluídas no programa nacional de proteção à testemunha.
Segundo os PMs, Amarildo foi levado para a sede da UPP, onde a identidade dele teria sido averiguada. Depois, ele teria descido pela escadaria lateral, depois de ser liberado, local onde a câmera de segurança não funcionava.
Ainda naquela noite, após a abordagem, os mesmos policiais saíram com a viatura da sede da UPP para abastecer no Batalhão de Choque, no centro do Rio.
02/10/2013 - 16h57


Promotoria apresentará 6ª denúncia contra PMs indiciados por morte de Amarildo
MARCO ANTÔNIO MARTINS - DO RIO
O Ministério Público do Rio de Janeiro deve apresentar até sexta feira (4) a sexta denúncia contra os dez policiais militares indiciados sob suspeita de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43.
De acordo com o promotor Homero das Neves, depoimentos e provas técnicas comprovam a participação dos policiais no desaparecimento do ajudante de pedreiro no dia 14 de julho deste ano. "O Amarildo não desceu a escada por onde os policiais dizem que ele passou", afirmou.
Segundo ele, três câmeras estavam instaladas próximo a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Duas estavam queimadas, mas uma funcionava normalmente e não registrou a passagem do pedreiro, ao contrário do que disseram os policiais.
A investigação, feita pela Polícia Civil do Rio durou quase dois meses. Entre os indiciados está o major Edson Santos, então comandante da UPP da Rocinha. Dos demais indiciados, quatro são suspeitos de levar Amarildo até a sede da UPP, em 14 de julho, e cinco estariam no local quando o ajudante de pedreiro chegou.
Segundo a investigação, Amarildo foi abordado por 14 PMs em um bar próximo à sua casa. Sem documentos, ele foi levado para a base da UPP por quatro homens.
No local, ainda de acordo com o inquérito, o ajudante de pedreiro foi forçado a contar onde estariam escondidas armas de traficantes.

O major Santos sempre negou essa versão. Diz que Amarildo foi liberado em "cinco minutos".

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