segunda-feira, 18 de março de 2013

Prefeitura de SP atrasa pagamento de 'bico oficial' de PMs

15/02/2013 - 11h32 - Folha - Cotidiano
Atualizado às 12h40.

A Prefeitura de São Paulo atrasou o repasse de recursos à Polícia Militar para pagamento de cerca de R$ 14 milhões aos policiais militares que colaboraram com a segurança municipal no mês de janeiro.
Trata-se da Operação Delegada, convênio entre o Estado e a prefeitura que permite a cerca de 7.000 policiais militares trabalharem em horários de folga, fardados e com arma da corporação. A expectativa era que os recursos fossem liberados antes do Carnaval.
Segundo a prefeitura, o atraso deveu-se a diferentes interpretações sobre os prazos para pagamento, e o repasse deverá ser concluído nesta sexta-feira (15).
A assessoria do prefeito Fernando Haddad (PT) alega que a atual gestão entendeu que o pagamento poderia ser feito até o final do mês subsequente. A prática da administração anterior era pagar até o dia 10 do mês seguinte.
Na quarta-feira, em reunião entre o Comando da PM e os secretários municipais Roberto Porto (Segurança Pública) e Chico Macena (subprefeituras), ficou acertado que o repasse se dará até o dia 10 do mês subsequente.
O comando da Polícia Militar informou que "tratativas para sanar a questão foram feitas junto à Prefeitura de São Paulo a fim de que a situação seja normalizada".
"Temos plena convicção de que o problema será sanado. Caso persista, os policiais serão amparados", informou a PM, por intermédio de sua assessoria de imprensa.
O vereador Coronel Camilo (PSD), ex-comandante da PM e criador do sistema, diz que "o sucesso da Operação Delegada está diretamente ligado ao pagamento em dia".
Ele lembra que, no início da operação, em novembro e dezembro de 2009, "circulou o boato de que não haveria pagamento, e os policiais começaram a não se inscrever". Na época, o então prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a repassar a verba a cada 15 dias.
A Operação Delegada surgiu com uma proposta de Kassab, em 2008, para contratar policiais militares para trabalharem na segurança das escolas municipais. A ideia evoluiu para uma lei municipal, em setembro de 2009, permitindo o ganho extra dos policiais com o patrulhamento em áreas de comércio irregular na capital.
Os policiais podem trabalhar por no máximo 12 dias por mês em suas folgas. O convênio tem duração de três anos. Um dos objetivos é reduzir a atividade do "bico", quando o PM trabalha de forma irregular.
O coronel Camilo diz que inicialmente houve muita resistência de várias entidades. Mas avalia que o sistema permite ao PM uma renda extra regular, sob o comando da PM; a prefeitura colabora com a segurança pública e o Estado passa a ter mais policiais fardados na rua, ajudando a combater a criminalidade.
Em junho do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou projeto de lei para ampliar a operação em todo o Estado.

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