Delegada se emociona com depoimento de ciclista atropelado na Paulista
• • atualizado às 19h01 - Terra
Priscila de Oliveira Rodrigues diz que David Santos Souza mostrou desenhos que fazia: 'disse que não faria mais'
Segundo a delegada, David deverá passar por uma nova cirurgia no braço, ainda sem data definida. Priscila colheu o depoimento do jovem na tarde desta terça-feira no Hospital das Clínicas (HC), onde David está internado desde domingo, após ter sido atropelado por Alex e ter parte de seu braço amputado. Após o acidente, o universitário confessou ter jogado o membro em um córrego próximo à avenida Doutor Ricardo Jafet.
Segundo a delegada, David contou que estava a caminho de seu trabalho no momento do acidente. Ele afirma ter saído de casa às 4h30 da manhã de sua casa, no Jardim Pantanal, zona sul de São Paulo, e que às 5h30 havia chegado à avenida Paulista, onde foi atropelado.
Conforme já havia revelado Priscila, David estava na contramão, já que trafegava no sentido Consolação, mas estava na pista sentido Paraíso da ciclofaixa. O jovem afirmou que optou andar nesse sentido por se sentir mais seguro, já que os cones que marcam o espaço reservado para ciclistas já estavam colocados nessa parte da via, e não naquela onde transitava.
“Ele atravessou pela faixa de pedestres, e foi pro outro lado, onde já estavam os cones, porque ele disse que se sentia mais seguro indo por lá”, contou a delegada.
A delegada afirmou também que, apesar de não correr risco de morte, o limpador de vidros está bastante machucado. Além do braço amputado, ele apresenta ferimentos pelo corpo, principalmente na perna esquerda.
Ele me mostrou desenhos que fazia, e disse que não faria mais
Priscila de Oliveira Rodriguesdelegada
Investigação prossegue
A delegada afirmou que pretende ouvir a médica do Instituto Médico Legal que realizou o exame clínico em Alex para constatar se o jovem havia ou não ingerido bebida alcoólica. No exame, entregue já entregue à polícia, a médica afirma que o atropelador apresentava sinais de embriaguez, mas negou que Alex estivesse embriagado.
O estudante se negou a fazer exame de bafômetro, de sangue e urina, e só foi examinado no IML às 11h21, mais de cinco horas depois do acidente. Testemunhas disseram que Alex apresentava sinais de embriaguez, e que ele dirigia em alta velocidade pela avenida Paulista, cortando os outros veículos, antes de atropelar David.
A comanda deixada por Alex na casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, onde o jovem esteve na noite do acidente, mostra que ele consumiu três doses de vodca e um energético.
A polícia ainda não conseguiu localizar gravações que mostrem o momento do acidente, e ainda está à procura de imagens.
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