quarta-feira, 15 de maio de 2013

Focos de incêndio crescem 15% no Estado de São Paulo


15/05/2013 - 05h19

Focos de incêndio crescem 15% no Estado de São Paulo - Ribeirão Preto

Os focos de incêndio no Estado de São Paulo apresentaram alta de 15,18% em 2013. Foram 2.875 grandes queimadas detectadas de 1º de janeiro até ontem, ante as 2.496 do mesmo período do ano passado.
Desse total, 30,19% ocorreram em municípios da região de Ribeirão Preto, que já sofrem com as queimada da cana-de-açúcar.
Este ano já foram detectados incêndios ou queimadas em 399 cidades paulistas. Em 2012, eram 378. As campeãs são Itápolis, com 81 focos, Brotas, com 73, e Boa Esperança do Sul, com 55.
Das dez cidades com maior número de queimadas no Estado, cinco são da região.
Edson Silva - 15.mai.2013/Folhapress
Queimada de cana na região de Ribeirão Preto; cresce o número de cidades do nordeste paulista com focos de incêndio neste ano
Queimada de cana na região de Ribeirão Preto; cresce o número de cidades do nordeste paulista com focos de incêndio neste ano
Os dados foram obtidos por meio do monitoramento de incêndios feito pelo Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Apesar de o nordeste do Estado de São Paulo ter registrado mais cidades com incêndios -de 68 para 75-, o número de focos caiu 14,8% -de 1.019 em 2013 para 868 no ano passado.
Como a Folha publicou na semana passada, a região de Ribeirão, um dos principais polos sucroalcooleiros do país, só perde em queimada de cana-de-açúcar para Sorocaba. A um ano do prazo para o fim do corte manual, o nordeste paulista tem o segundo pior índice de mecanização (64,7%).
As queimadas e os incêndios causam danos ambientais -fauna e flora afetados pelo fogo- e à saúde, como problemas respiratórios.
Apesar do aumento, Alberto Setzer, responsável pelo núcleo de monitoramento de queimadas do Inpe, diz que a variação de um ano para outro geralmente fica entre 10% e 20%. "E é normal", afirma.
Ele acrescenta que o número de focos de incêndio até agora é pequeno em relação às queimadas que ainda vão ocorrer ao longo de 2013.
Segundo Setzer, o Inpe registra apenas "frentes de fogo" a partir de 30 metros de extensão por um metro de largura, com maior incidência nas zonas rurais, apesar de haver ocorrências também nas áreas urbanas.
ESTIAGEM
O meteorologista do Inpe Fabio Rocha lembra que, em alguns locais da região de Ribeirão Preto, não chove há 50 dias, o que favorece a ocorrência de queimadas.
"O solo fica mais seco, a vegetação também. Qualquer descuido pode provocar um incêndio", afirma.
Ele aponta ainda que não deve chover na região pelo menos até o próximo dia 27.
De acordo com o meteorologista, uma frente fria vinda do Sul do país deve derrubar a temperatura até sexta-feira, mas, por causa da pouca nebulosidade, não deve chover.
A temperatura prevista para hoje é de 31°C. Para amanhã, deve ficar em torno de 27°C, e na sexta-feira, por volta dos 24°C. No entanto, a previsão para a região de Ribeirão é que a temperatura suba no sábado e no domingo.
Segundo a assessoria de imprensa do Inpe, o monitoramento de queimadas por imagens de satélites é útil em todo o Brasil porque gera informações que são distribuídas diariamente para vários órgãos, que atuam no combate a incêndios.

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