quarta-feira, 7 de março de 2012


Após 7h de reunião, sindicato orienta pelo fim da greve
FONTE: TERRA - 07 de Março de 2012 • 20h48 •  atualizado 21h07

Os caminhoneiros decidiram voltar a distribuir combustíveis na Grande São Paulo. Após mais de sete horas de reunião entre os dirigentes que representam os caminhoneiros autônomos e as lideranças dos caminhoneiros que transportam combustíveis, foi acertado o fim da greve, com a condição de que a Polícia Militar garanta a segurança dos caminhoneiros.
O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autonômos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) disse que orientou os caminhoneiros para que voltem ao trabalho. O problema, segundo o sindicato, é que muitos dos caminhoneiros estão com medo de trafegar.
O Sindicam-SP encaminhou um ofício à Polícia Militar pedindo proteção aos caminhoneiros. A solicitação é para os caminhões de distribuição de combustíveis que saírem dos bairros do Ipiranga, em São Paulo, e das cidades de Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul tenham escolta policial.
Os caminhoneiros estão paralisados desde segunda-feira (5) em protesto à proibição de poderem circular na Marginal Tietê e em algumas outras vias da cidade. Na noite de ontem, a Justiça de São Paulo, concedeu liminar determinando a retomada da entrega de gasolina, etanol e diesel sob pena de aplicar multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos envolvidos com a paralisação.
A Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o ofício.
Entenda
Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, reclama que a restrição ao tráfego na Marginal é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 km caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.
O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) representa 800 caminhões "tanqueiros", que transportam combustíveis na cidade paulista. Atualmente, 95% desses caminhoneiros são autônomos: trabalham em caminhões próprios e não estão vinculados a empresas. Por esse motivo, a greve promovida pelo sindicato conseguiu, em apenas três dias, causar uma crise de distribuição na cidade.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp) afirma que as empresas de transporte de combustível são responsáveis por cerca de 5% do transporte do setor na cidade, mas é comum essas empresas não terem frota própria e também utilizarem trabalho terceirizado de autônomos.
Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.
"Infelizmente, essas manifestações estão ocorrendo de forma violenta, com depredações de diversos veículos e ameaças a funcionários e motoristas", disse o Sindicom em nota.
"O Sindicom deu entrada na segunda na Justiça em pedidos de medidas cautelares, para assegurar proteção policial ostensiva ao trânsito dos caminhões-tanques de suas associadas. Aguardamos estas decisões para retomar as operações com segurança."
Só na terça, a Polícia Militar realizou pelo menos seis escoltas para garantir a entrega de combustíveis, mas segundo a assessoria de imprensa da corporação, alguns motoristas estão se recusando a fazer entregas mesmo com escolta por temores de que possam sofrer represálias posteriores.
As escoltas estão sendo coordenadas pelo gabinete de crise criado pela Polícia Militar, que conta também com a participação da tropa de choque, da Polícia Rodoviária e de representantes da prefeitura. Além de escoltas, a PM também realiza policiamento preventivo para garantir segurança nas distribuidoras.

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