quinta-feira, 21 de julho de 2022

 De onde vem o que eu como: g1 vai à 'capital do morango' e explica por que ele não é fruta

Jornada começa em Atibaia (SP), que faz festa com direito até a 'estrogonofe' de morango. Conheça os jeitos de plantar, entenda por que ele é tão sensível e leia também sobre as variedades mais comuns.

Por Paola Patriarca e Fabio Tito, g1 - 21/07/2022 06h00  Atualizado há 2 horas

O morango pode até ficar ao lado de outras frutas na feira, no mercado e nos hortifrútis, e ser chamado assim por muitos brasileiros na hora de vender ou comprar. Mas sabia que ele é um falso fruto — e dos mais bem sensíveis: não cresce se fizer muito calor e não nasce com frio intenso? 

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É a terceira reportagem da nova temporada da série De onde vem o que eu como. O vídeo começa na "capital nacional do morango", a cidade de Atibaia (SP), que faz uma festa especial onde tem até "estrogonofe" feito com o alimento. E termina nas plantações desta cidade e da vizinha Jarinu, onde você vai entender os dois jeitos de cultivar morango, como já tem plantação usando alternativas aos agrotóxicos... e ver até morango branco.

Mais curiosidades sobre o morango

Variedades - por que um morango é maior que o outro? Isso não depende de onde ele é plantado, mas da variedade. Existem centenas delas, que se diferenciam pelo tamanho, textura e pelo sabor. No Brasil, os produtores costumam importar as seguintes: San Andreas, Oso Grande, Camarosa, Aromas, Albion e Camino Real.

Conheça as principais variedades de morango — Foto: Wagner Magalhães/g1

Produção no Brasil - o morangueiro é uma planta pertencente à família das rosáceas — não é a flor, não. É a mesma da macieira, da pereira e do marmeleiro.

É uma planta nativa das regiões de clima temperado da Europa e das Américas e a a plantação no Brasil se expandiu nos anos 60, no interior paulista. A produção se concentrou em Jarinu e Atibaia. Outros grandes produtores são os estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Nutrientes - morango é um alimento com baixo valor calórico (cerca de 38 calorias por 100 gramas), porém muito rico em diversos nutrientes, como vitaminas C, A, B5 e B6. Dentre os minerais, o cálcio, potássio, ferro, selênio e magnésio são os de maior destaque na composição.

Morango precisa de temperaturas entre 13ºC e 26ºC para ser cultivado — Foto: Fabio Tito/g1

Plantio - é feito através de mudas, que devem ser obtidas por viveiristas idôneos, produtivas e livres de doenças e pragas. Elas devem ser produzidas em regiões altas e frias para assegurar a qualidade.

Plantação em campo aberto - a área deve ser em um terreno ligeiramente inclinado e com boa incidência de luz. Deve ser feito o encanteiramento do solo para dar forma aos canteiros.

Após o plantio das mudas, recomenda-se irrigar por aspersão. Depois, é recomendado irrigar por gotejamento. A colheita é iniciada cerca de 60 a 80 dias após o plantio, sendo feita de forma manual e diariamente.

Colheita do morango feita em plantação de campo aberto, em Jarinu — Foto: Fabio Tito/g1

Plantação em estufa - as mudas de morango são colocadas em bancadas suspensas e a plantação ocorre dentro de sacos plásticos ou vasos preenchidos com substrato, que pode ser casca de arroz queimado ou casca de coco.

Por estar longe do solo, a irrigação e a fertilização são feitas por gotejamento. Esse tipo de sistema se chama semi-hidropônico, que possibilita a melhor utilização do espaço na pequena propriedade.

Plantação de morango em estufa em Atibaia — Foto: Fabio Tito/g1

Capital do morango - a lei que concede o título para Atibaia foi publicada no Diário Oficial no dia 28 de junho deste ano. O projeto de lei tramitava desde 2017. Com o título, a cidade passará a ter prioridade no acesso a recursos federais na área de infraestrutura para o turismo e promoção cultural. São 300 produtores de morango, entre aqueles que produzem mudas e aqueles que produzem a fruta no chão e de forma suspensa.

Morangos após colheita em sítio de Jarinu — Foto: Fabio Tito/g1


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