quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Alckmin irá receber prêmio de gestão hídrica na Câmara dos Deputados

22/09/2015 21h02 - Atualizado em 22/09/2015 21h26 - Do G1 São Paulo

Alckmin irá receber prêmio de gestão hídrica na Câmara dos Deputados

Estado passa desde o ano passado por pior seca de sua história.
Indicação foi feita por deputado federal tucano João Paulo Papa.

Alckmin durante anúncio de ampliação de captação do Rio Guaratuba (Foto: Nilton Fukuta/Estadão Conteúdo)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), receberá um prêmio da Câmara dos Deputados pelo seu trabalho à frente da Sabesp e da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. O estado passa, desde o ano passado, pela maior crise hídrica de sua história.
Segundo a Câmara, o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação 2015 tem como meta reconhecer as iniciativas que buscam a melhoria da vida dos cidadãos. O tucano está entre os três agraciados na categoria “Personalidades” – além dele, venceram o ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).
A indicação de Alckmin foi feita pelo deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP). Segundo o político, "a indicação do governador ocorreu pelo fato de ele governar o estado brasileiro que mais se aproxima da universalização do saneamento". "Ele encontrou caminhos para fazer investimento", afirmou ao G1.
O deputado disse que "a crise também evidenciou a condição excepcional do governo de São Paulo de responder a uma crise totalmente imprevisível". "Nessa matéria de crise hídrica, é a maior seca da região Sudeste, que está sendo enfrentada de frente", completou. Segundo Papa, a escolha "não ocorreu no terreno político, mas no terreno técnico".
A entrega do prêmio (um diploma de menção honrosa, uma medalha e a estatueta Lúcio Costa, arquiteto autor do Plano Piloto) ocorre na abertura do 3º Seminário Internacional de Mobilidade e Transportes, no dia 13 de outubro, na Câmara dos Deputados. O G1 procurou a assessoria do governador para saber se ele irá participar da premiação e aguarda a resposta.
Segundo funcionário da marina que usa a Represa Jaguari-Jacareí, em Piracaia, nível original do volume morto estava acima da área com vegetação, à direita da imagem (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Represa Jaguari-Jacareí, parte do sistema Cantareira, no fim de agosto. Nível original estava acima da área com vegetação à direita (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de água em São Paulo foi resultado da
falta de planejamento do governo paulista. O órgão relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem.Crise hídrica

São Paulo passa pela maior crise hídrica de sua história. O Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a Grande São Paulo, operava nesta terça-feira (22) com apenas 16,3% de sua capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
As informações fazem parte do parecer do TCE sobre as contas do governador de São Paulo,Geraldo Alckmin (PSDB), do ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.
Medidas preventivas 
Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse "ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados".
Entre as propostas está a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da represa Billings e o combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.
A Secretaria de Recursos Hídricos informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.
Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 HOMÍLIA DOMINICAL  24 DE DEZEMBRO DE 2023. 4º DOMINGO DO ADVENTO LEITURA DO DIA Primeira leitura -  Leitura do Segundo Livro de Samuel 7,1-...