quarta-feira, 24 de abril de 2013

ONU parabeniza Brasil por condenações no julgamento do Massacre do Carandiru


A porta-voz do ACNUDH elogiou o julgamento, mas criticou as prisões brasileiras | Foto: ONU/ Divulgação
Da Redação
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Cécile Pouilly, parabenizou nesta terça-feira (23) o Brasil pela condenação dos policiais militares acusados de serem os responsáveis pelo assassinato de 13 detentos durante o Massacre do Carandiru. Neste fim de semana, os 23 policiais foram condenados em São Paulo pelo Tribunal do Júri, no Fórum da Barra Funda, a 156 anos de reclusão cada um.
“Parabenizamos as autoridades brasileiras, depois de mais de duas décadas de impunidade em um dos incidentes de violência mais brutais em uma prisão, por fazer justiça a algumas das vítimas do Carandiru, e seguiremos de perto a continuação dos julgamentos dos outros acusados”, disse Pouilly.
Ela também afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) está preocupada com a situação das prisões brasileiras. “Encorajamos as autoridades brasileiras a resolver urgentemente a terrível situação das prisões, onde aproximadamente 500 mil pessoas estão detidas”, declarou.
Outros 53 policiais serão julgados pelo massacre nos próximos meses, mas a data do próximo júri ainda não foi definida. Por abranger um grande número de réus, o julgamento foi dividido em etapas.
Na segunda-feira (22) a Anistia Internacional também havia se manifestado favorável às condenações. Em nota, a organização afirmou que “mesmo sem a responsabilização das altas autoridades do Estado de São Paulo à época do massacre, como o governador e o secretário de segurança, o resultado é um passo importante na garantia de justiça para as vítimas, seus familiares e sobreviventes do Carandiru”.
O Massacre do Carandiru, conhecido como o episódio mais violento do sistema penitenciário brasileiro, ocorreu no dia 2 de outubro de 1992. Na ocasião, 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante uma invasão policial para reprimir uma suposta rebelião no Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru.

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