COP 30, AMAZONIA NO CENTRO: BELÉM (PA) - NOVEMBRO DE 2025
Cartilha da REPAM guia as Comunidades

O Brasil se prepara para sediar um dos eventos mais importantes no que se refere ao clima do planeta: a COP30. Disponível para download gratuito, a cartilha da REPAM já está mobilizando comunidades e parceiros em toda a região pan-amazônica.

Na intenção de contribuir à Conferência do Clima da ONU foi publicada a Cartilha ABC da COP, lançado pela A REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica). Um guia essencial para compreender os principais temas e desafios da luta climática global. Voltada para a Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima, a cartilha traduz conceitos complexos em uma linguagem acessível, incentivando a participação ativa da sociedade civil rumo à COP 30, que acontecerá no Brasil.

COP30

A Conferência das Partes é a Conferência do Clima da ONU mais importante do calendário climático, e será realizada neste ano de 2025 em Belém, no coração da Amazônia. Este evento representará uma oportunidade histórica de colocar as vozes das comunidades da Amazônia no centro das decisões globais sobre o enfrentamento da crise climática.

Para fortalecer essa agenda de justiça climática e ampliar o acesso à informação sobre a COP30, a Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima, articulação da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM Brasil), rumo à COP30, lança a cartilha “ABC DA COP: Tudo sobre a Conferência do Clima da ONU e relevância da COP30 na Amazônia”. Este material foi desenvolvido para tornar os debates climáticos mais acessíveis e inclusivos, especialmente para as populações que estão na linha de frente da preservação da Amazônia e enfrentam diretamente as consequências das mudanças climáticas.

A cartilha visa democratizar o conhecimento sobre a COP30 e permitir que a população no geral, comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas compreendam melhor o impacto deste evento e como podem se engajar ativamente nas discussões globais.

"A cartilha é importante porque explica, de forma clara e objetiva, como funciona a COP. E entender a Conferência é o primeiro passo para que as pessoas, sobretudo a sociedade civil organizada, se preparem para viver a COP30 no Brasil de uma forma produtiva. Sabendo como os espaços funcionam e quais temas estão em discussão, cada um pode se juntar aos coletivos que estão sendo organizados para cobrar do poder público as ações necessárias para conter o avanço da crise climática demonstrado nos episódios cada vez mais comuns de seca, enchentes, alagamentos e incêndios”, ressalta Sandra Rocha, da Comunicação da Cúpula dos Povos.

O que você encontra na cartilha?

Explicações claras sobre os principais temas da COP30 e sua relevância para o combate à crise climática.

Informações sobre o papel fundamental das comunidades amazônicas no enfrentamento das mudanças climáticas e na preservação da biodiversidade.

Orientações práticas sobre como essas comunidades podem se preparar para participar e influenciar os debates.

Exemplos inspiradores de iniciativas locais que estão fazendo a diferença.

Glossário de termos climáticos que visa facilitar a compreensão dos conceitos técnicos.

Dados sobre a Amazônia e sua importância no equilíbrio climático global.

A cartilha, que pode ser baixada gratuitamente em formato digital, é um convite para que todos, especialmente aqueles diretamente impactados pelas mudanças climáticas, se engajem na COP30 e nas decisões que moldarão o futuro do planeta.

"A informação é uma ferramenta poderosa", afirma Mayara Lima, da Comunicação da Mobilização e da Equipe Editorial da Cartilha. "No contexto da crise climática, dar acesso à informação às comunidades da Amazônia é garantir que elas possam atuar de maneira eficaz e influente no cenário global."

Caminhos para a COP30: Mobilização e Inclusão
A REPAM tem trabalhado incansavelmente para fortalecer as vozes dos movimentos territoriais e sociais da Amazônia, preparando uma articulação que visa uma incidência significativa nos debates climáticos rumo à COP30. A organização também faz parte da Cúpula dos Povos, uma coalizão de mais de 400 organizações que está liderando ações estratégicas em defesa do clima, florestas e direitos humanos.

“Esta cartilha é uma ponte para conectar os territórios amazônicos aos debates globais”, afirma Dom Evaristo Pascoal Spengler, presidente da REPAM Brasil. “Ela fortalece o conhecimento de quem já cuida da Amazônia há gerações e prepara essas comunidades para exercerem um papel decisivo nas negociações.”

Com ações em toda a Amazônia Legal, a REPAM, que está com escritório em Belém devido à COP30, vem promovendo encontros e eventos que reforçam a importância de um plano robusto e integrado de defesa do meio ambiente e dos direitos das populações tradicionais.

A cartilha é mais um passo para fortalecer o protagonismo das comunidades amazônicas na COP30, mas sua importância vai além do evento. Ela busca ser um ponto de partida para uma mobilização coletiva em defesa de um futuro mais justo e sustentável para o planeta.

A cartilha está disponível em Português e em breve serão lançadas também as versões em Inglês e Espanhol. 

Juntos, podemos garantir que as vozes de quem já protege a Amazônia sejam ouvidas e que suas perspectivas estejam no centro das decisões que impactam o futuro do planeta.

Sobre a REPAM Brasil:
A Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil é uma rede eclesial da Igreja Católica na Amazônia Legal, que tem por objetivo promover a vida, por meio do cuidado dos povos, territórios e ecossistemas amazônicos e do incremento da consciência da importância da Amazônia para toda a humanidade, por meio de uma atuação socioeclesial articulada em rede. A REPAM-Brasil, desde 2014, é uma organização que trabalha ao lado das comunidades e movimentos sociais da Amazônia, promovendo o diálogo, a articulação e a defesa dos direitos humanos, da justiça climática e da preservação ambiental.

Fonte: REPAM



Estudo aponta dieta que dobra chance de chegar aos 70 anos com boa saúde


O segredo para se chegar aos 70 anos com boa saúde pode estar em nossos pratos: um estudo com 105 mil adultos revela que dietas baseadas em vegetais dobram as chances de envelhecimento saudável.

Seguir uma dieta rica em vegetais, com consumo médio ou baixo de alimentos saudáveis ​​de origem animal e poucos alimentos ultraprocessados ​​promove um envelhecimento saudável, ou seja, chegar aos 70 anos sem doenças crônicas graves e com boa saúde cognitiva, física e mental.

Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pelas universidades de Harvard (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Montreal (Canadá) e baseado no monitoramento de mais de 105 mil adultos de meia-idade durante mais de trinta anos.

O estudo — um dos primeiros a examinar padrões alimentares em relação a um envelhecimento saudável — ressalta que não existe uma dieta saudável que sirva para todos, mas sim dietas ideais para a saúde em geral.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados na "Nature Medicine", baseia-se em dados do Estudo sobre a Saúde dos Enfermeiros e do Estudo de Acompanhamento de Profissionais de Saúde para examinar dietas na meia-idade em mais de 105 mil mulheres e homens com idades entre 39 e 69 anos ao longo de 30 anos.

Esta é, aliás, a principal limitação do estudo: uma amostra composta exclusivamente por profissionais de saúde. Para confirmar os resultados, portanto, os autores defendem a repetição do estudo com indivíduos de diferentes ascendências e níveis socioeconômicos.

Oito padrões alimentares saudáveis

No estudo, os participantes relataram periodicamente suas dietas e foram pontuados em relação ao nível de adesão a oito padrões alimentares saudáveis:

o Índice de Alimentação Saudável Alternativa,

o Índice Mediterrâneo Alternativo,

Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão,

a Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo,

a dieta saudável baseada em vegetais,

o Índice de Dieta de Saúde Planetária,

o Padrão Empírico de Inflamação da Dieta e

o Índice alimentar empírico para hiperinsulinemia.

Todos eles enfatizam uma alta ingestão de frutas, verduras, grãos integrais, gorduras insaturadas, castanhas e legumes, e alguns também incluem uma ingestão baixa a moderada de alimentos saudáveis ​​de origem animal, como peixes e certos laticínios.

Os pesquisadores também avaliaram os participantes quanto à ingestão de alimentos ultraprocessados ​​e fabricados industrialmente, que geralmente contêm ingredientes artificiais, açúcares adicionados, sódio e gorduras não saudáveis.

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Alimentos ultraprocessados: menos chances de envelhecer com saúde

O estudo concluiu que 9.771 participantes — 9,3% da população do estudo — envelheceram de forma saudável.

A adesão a qualquer um dos padrões alimentares saudáveis ​​foi associada ao envelhecimento saudável geral e seus âmbitos individuais, incluindo saúde cognitiva, física e mental.

A dieta líder em termos de saúde foi a Alimentação Saudável Alternativa, desenvolvida para prevenir doenças crônicas. Os participantes desse grupo tiveram 86% mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 70 anos e 2,2 vezes mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 75 anos, em comparação com aqueles com as pontuações mais baixas nesta dieta.

Esta dieta é rica em frutas, verduras, grãos integrais, castanhas, legumes e gorduras saudáveis ​​e pobre em carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, sódio e grãos refinados.

Outra dieta a favorecer o envelhecimento saudável foi o Índice de Dieta de Saúde Planetária, que prioriza a saúde humana e ambiental, dando preferência para alimentos de origem vegetal e minimizando alimentos de origem animal.

Em todos os casos, o maior consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente carnes processadas e bebidas açucaradas e dietéticas, foi associado a menores chances de envelhecimento saudável.

"Esses resultados sugerem que padrões alimentares ricos em alimentos de origem vegetal, com inclusão moderada de alimentos saudáveis ​​de origem animal, podem promover um envelhecimento saudável em geral e ajudar a moldar futuras diretrizes alimentares", resume Marta Guasch-Ferré, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de Copenhague.

"Nossas descobertas também mostram que não existe uma dieta única para todos. Dietas saudáveis ​​podem ser adaptadas às necessidades e preferências individuais", conclui a autora principal, Anne-Julie Tessier, da Universidade de Montreal.

Redação g1 - 03/04/2025 03h00 

Um cochilo diário pode fazer mais mal do que bem? Estudos sobre o sono explicam



Para tirar um cochilo eficaz, tanto o momento quanto o ambiente são importantes.

Você está no meio da tarde, com as pálpebras pesadas e o foco meio perdido. Fecha os olhos por meia hora e acorda sentindo-se recarregado. Porém, à noite, você está se revirando na cama e perguntando-se por que não consegue dormir. Aquele cochilo do meio-dia que parecia tão revigorante na hora pode ser o motivo.

Há muito tempo, as sonecas são elogiadas como uma ferramenta para aumentar o estado de alerta, potencializar o humor, fortalecer a memória e melhorar a produtividade. No entanto, para alguns, eles podem sabotar o sono noturno.

Cochilar é uma faca de dois gumes. Feito corretamente, é uma maneira poderosa de recarregar o cérebro, ativar a concentração e apoiar a saúde mental e física. Feito errado, pode deixá-lo grogue, desorientado e com dificuldades para adormecer mais tarde. A chave está em entender como o corpo regula o sono e a vigília.

A maioria das pessoas experimenta uma queda natural no estado de alerta no início da tarde, normalmente entre 13h e 16h. Isso não ocorre apenas devido a um almoço pesado – nosso relógio biológico interno, ou ritmo circadiano, cria ciclos de vigília e cansaço ao longo do dia. A sonolência do início da tarde faz parte desse ritmo, e é por isso que tantas pessoas se sentem prostradas naquele horário.

Estudos sugerem que um cochilo curto durante esse período – idealmente seguido por exposição à luz brilhante – pode ajudar a neutralizar a fadiga, aumentar o estado de alerta e melhorar a função cognitiva sem interferir no sono noturno. Esses “cochilos poderosos” permitem que o cérebro descanse sem cair no adormecimento profundo, tornando mais fácil despertar sentindo-se revigorado.

Mas há um porém: dormitar por muito tempo pode fazer com que você acorde sentindo-se pior do que antes. Isso se deve à “inércia do sono” - a tontura e a desorientação resultantes do despertar durante os estágios mais profundos do sono.

Quando o cochilo se estende por mais de 30 minutos, o cérebro faz a transição para o sono de ondas lentas, tornando muito mais difícil acordar. Estudos mostram que despertar de um sono profundo pode nos deixar mais lentos por até uma hora. Isso pode ter implicações sérias se elas tentarem executar tarefas críticas de segurança, tomar decisões importantes ou operar máquinas, por exemplo. E se um cochilo for tirado muito tarde durante o dia, pode corroer o impulso natural do corpo para dormir - dificultando bastante o adormecer à noite.

Quando tirar uma soneca é essencial

Para alguns, o cochilo é essencial. Trabalhadores em turnos geralmente lutam contra o sono fragmentado devido a horários irregulares, e uma soneca bem cronometrada antes de um turno noturno pode aumentar o estado de alerta e reduzir o risco de erros e acidentes. Da mesma forma, pessoas que regularmente têm dificuldade para dormir o suficiente à noite – seja devido ao trabalho, à criação dos filhos ou outras demandas – podem se beneficiar de sonecas para acumular horas extras de sono que compensam a perda no turno da noite.

No entanto, confiar em cochilos em vez de melhorar o sono noturno é uma solução de curto prazo, em vez de uma opção definitiva. Pessoas com insônia crônica são frequentemente aconselhadas a evitar totalmente as sonecas, pois o sono diurno pode enfraquecer sua vontade de repousar à noite.

Certos grupos usam o cochilo estratégico como uma ferramenta para melhorar o desempenho. Atletas incorporam a prática em seus cronogramas de treinamento para acelerar a recuperação muscular e otimizar parâmetros relacionados ao esporte, como tempos de reação e resistência.

Pesquisas também sugerem que pessoas em empregos de alto foco, como profissionais de saúde e equipes de voo, se beneficiam de breves cochilos planejados para manter a concentração e reduzir os erros relacionados à fadiga. A NASA descobriu que um cochilo de 26 minutos pode melhorar o desempenho da equipe operacional de voos de longa distância em 34% e o estado de alerta em 54%.

Como cochilar bem

Para tirar uma soneca eficaz, o momento e o ambiente são importantes. Manter o adormecimento entre dez e 20 minutos previne o torpor. O horário ideal é antes das 14h – tirar uma sesta muito tarde pode atrasar a programação natural de sono do corpo.

Os melhores cochilos acontecem em um ambiente fresco, escuro e silencioso, semelhante às condições ideais de sono noturno. Máscaras para os olhos e fones de ouvido com cancelamento de ruído podem ajudar, principalmente para aqueles que descansam em ambientes claros ou barulhentos.

Apesar dos benefícios, cochilar não é para todos. Idade, estilo de vida e padrões de sono subjacentes influenciam se eles ajudam ou atrapalham. Um bom cochilo tem tudo a ver com estratégia – saber quando, como e se devemos cochilar.

Para alguns, é um truque para a vida, melhorando o foco e a energia. Para outros, é um caminho escorregadio para a interrupção do sono. O segredo é experimentar e observar como eles afetam sua qualidade geral de sono.

Se forem feitos com sabedoria, os cochilos podem ser uma ferramenta valiosa. Mal feitos, podem ser a razão pela qual você está olhando para o teto à meia-noite.

Por Talar Moukhtarian - 03/04/2025 02h00 



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