COP 30, AMAZONIA NO CENTRO: BELÉM (PA) - NOVEMBRO DE 2025
Cartilha da REPAM guia as Comunidades |
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Seguir uma dieta rica em vegetais, com consumo médio ou baixo de alimentos saudáveis de origem animal e poucos alimentos ultraprocessados promove um envelhecimento saudável, ou seja, chegar aos 70 anos sem doenças crônicas graves e com boa saúde cognitiva, física e mental.
Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pelas universidades de Harvard (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Montreal (Canadá) e baseado no monitoramento de mais de 105 mil adultos de meia-idade durante mais de trinta anos.
O estudo — um dos primeiros a examinar padrões alimentares em relação a um envelhecimento saudável — ressalta que não existe uma dieta saudável que sirva para todos, mas sim dietas ideais para a saúde em geral.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados na "Nature Medicine", baseia-se em dados do Estudo sobre a Saúde dos Enfermeiros e do Estudo de Acompanhamento de Profissionais de Saúde para examinar dietas na meia-idade em mais de 105 mil mulheres e homens com idades entre 39 e 69 anos ao longo de 30 anos.
Esta é, aliás, a principal limitação do estudo: uma amostra composta exclusivamente por profissionais de saúde. Para confirmar os resultados, portanto, os autores defendem a repetição do estudo com indivíduos de diferentes ascendências e níveis socioeconômicos.
Oito padrões alimentares saudáveis
No estudo, os participantes relataram periodicamente suas dietas e foram pontuados em relação ao nível de adesão a oito padrões alimentares saudáveis:
o Índice de Alimentação Saudável Alternativa,
o Índice Mediterrâneo Alternativo,
Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão,
a Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo,
a dieta saudável baseada em vegetais,
o Índice de Dieta de Saúde Planetária,
o Padrão Empírico de Inflamação da Dieta e
o Índice alimentar empírico para hiperinsulinemia.
Todos eles enfatizam uma alta ingestão de frutas, verduras, grãos integrais, gorduras insaturadas, castanhas e legumes, e alguns também incluem uma ingestão baixa a moderada de alimentos saudáveis de origem animal, como peixes e certos laticínios.
Os pesquisadores também avaliaram os participantes quanto à ingestão de alimentos ultraprocessados e fabricados industrialmente, que geralmente contêm ingredientes artificiais, açúcares adicionados, sódio e gorduras não saudáveis.
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Alimentos ultraprocessados: menos chances de envelhecer com saúde
O estudo concluiu que 9.771 participantes — 9,3% da população do estudo — envelheceram de forma saudável.
A adesão a qualquer um dos padrões alimentares saudáveis foi associada ao envelhecimento saudável geral e seus âmbitos individuais, incluindo saúde cognitiva, física e mental.
A dieta líder em termos de saúde foi a Alimentação Saudável Alternativa, desenvolvida para prevenir doenças crônicas. Os participantes desse grupo tiveram 86% mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 70 anos e 2,2 vezes mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 75 anos, em comparação com aqueles com as pontuações mais baixas nesta dieta.
Esta dieta é rica em frutas, verduras, grãos integrais, castanhas, legumes e gorduras saudáveis e pobre em carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, sódio e grãos refinados.
Outra dieta a favorecer o envelhecimento saudável foi o Índice de Dieta de Saúde Planetária, que prioriza a saúde humana e ambiental, dando preferência para alimentos de origem vegetal e minimizando alimentos de origem animal.
Em todos os casos, o maior consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente carnes processadas e bebidas açucaradas e dietéticas, foi associado a menores chances de envelhecimento saudável.
"Esses resultados sugerem que padrões alimentares ricos em alimentos de origem vegetal, com inclusão moderada de alimentos saudáveis de origem animal, podem promover um envelhecimento saudável em geral e ajudar a moldar futuras diretrizes alimentares", resume Marta Guasch-Ferré, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de Copenhague.
"Nossas descobertas também mostram que não existe uma dieta única para todos. Dietas saudáveis podem ser adaptadas às necessidades e preferências individuais", conclui a autora principal, Anne-Julie Tessier, da Universidade de Montreal.
Redação g1 - 03/04/2025 03h00
Para tirar um cochilo eficaz, tanto o momento quanto o ambiente são importantes.
Você está no meio da tarde, com as pálpebras pesadas e o foco meio perdido. Fecha os olhos por meia hora e acorda sentindo-se recarregado. Porém, à noite, você está se revirando na cama e perguntando-se por que não consegue dormir. Aquele cochilo do meio-dia que parecia tão revigorante na hora pode ser o motivo.
Há muito tempo, as sonecas são elogiadas como uma ferramenta para aumentar o estado de alerta, potencializar o humor, fortalecer a memória e melhorar a produtividade. No entanto, para alguns, eles podem sabotar o sono noturno.
Cochilar é uma faca de dois gumes. Feito corretamente, é uma maneira poderosa de recarregar o cérebro, ativar a concentração e apoiar a saúde mental e física. Feito errado, pode deixá-lo grogue, desorientado e com dificuldades para adormecer mais tarde. A chave está em entender como o corpo regula o sono e a vigília.
A maioria das pessoas experimenta uma queda natural no estado de alerta no início da tarde, normalmente entre 13h e 16h. Isso não ocorre apenas devido a um almoço pesado – nosso relógio biológico interno, ou ritmo circadiano, cria ciclos de vigília e cansaço ao longo do dia. A sonolência do início da tarde faz parte desse ritmo, e é por isso que tantas pessoas se sentem prostradas naquele horário.
Estudos sugerem que um cochilo curto durante esse período – idealmente seguido por exposição à luz brilhante – pode ajudar a neutralizar a fadiga, aumentar o estado de alerta e melhorar a função cognitiva sem interferir no sono noturno. Esses “cochilos poderosos” permitem que o cérebro descanse sem cair no adormecimento profundo, tornando mais fácil despertar sentindo-se revigorado.
Mas há um porém: dormitar por muito tempo pode fazer com que você acorde sentindo-se pior do que antes. Isso se deve à “inércia do sono” - a tontura e a desorientação resultantes do despertar durante os estágios mais profundos do sono.
Quando o cochilo se estende por mais de 30 minutos, o cérebro faz a transição para o sono de ondas lentas, tornando muito mais difícil acordar. Estudos mostram que despertar de um sono profundo pode nos deixar mais lentos por até uma hora. Isso pode ter implicações sérias se elas tentarem executar tarefas críticas de segurança, tomar decisões importantes ou operar máquinas, por exemplo. E se um cochilo for tirado muito tarde durante o dia, pode corroer o impulso natural do corpo para dormir - dificultando bastante o adormecer à noite.
Quando tirar uma soneca é essencial
Para alguns, o cochilo é essencial. Trabalhadores em turnos geralmente lutam contra o sono fragmentado devido a horários irregulares, e uma soneca bem cronometrada antes de um turno noturno pode aumentar o estado de alerta e reduzir o risco de erros e acidentes. Da mesma forma, pessoas que regularmente têm dificuldade para dormir o suficiente à noite – seja devido ao trabalho, à criação dos filhos ou outras demandas – podem se beneficiar de sonecas para acumular horas extras de sono que compensam a perda no turno da noite.
No entanto, confiar em cochilos em vez de melhorar o sono noturno é uma solução de curto prazo, em vez de uma opção definitiva. Pessoas com insônia crônica são frequentemente aconselhadas a evitar totalmente as sonecas, pois o sono diurno pode enfraquecer sua vontade de repousar à noite.
Certos grupos usam o cochilo estratégico como uma ferramenta para melhorar o desempenho. Atletas incorporam a prática em seus cronogramas de treinamento para acelerar a recuperação muscular e otimizar parâmetros relacionados ao esporte, como tempos de reação e resistência.
Pesquisas também sugerem que pessoas em empregos de alto foco, como profissionais de saúde e equipes de voo, se beneficiam de breves cochilos planejados para manter a concentração e reduzir os erros relacionados à fadiga. A NASA descobriu que um cochilo de 26 minutos pode melhorar o desempenho da equipe operacional de voos de longa distância em 34% e o estado de alerta em 54%.
Como cochilar bem
Para tirar uma soneca eficaz, o momento e o ambiente são importantes. Manter o adormecimento entre dez e 20 minutos previne o torpor. O horário ideal é antes das 14h – tirar uma sesta muito tarde pode atrasar a programação natural de sono do corpo.
Os melhores cochilos acontecem em um ambiente fresco, escuro e silencioso, semelhante às condições ideais de sono noturno. Máscaras para os olhos e fones de ouvido com cancelamento de ruído podem ajudar, principalmente para aqueles que descansam em ambientes claros ou barulhentos.
Apesar dos benefícios, cochilar não é para todos. Idade, estilo de vida e padrões de sono subjacentes influenciam se eles ajudam ou atrapalham. Um bom cochilo tem tudo a ver com estratégia – saber quando, como e se devemos cochilar.
Para alguns, é um truque para a vida, melhorando o foco e a energia. Para outros, é um caminho escorregadio para a interrupção do sono. O segredo é experimentar e observar como eles afetam sua qualidade geral de sono.
Se forem feitos com sabedoria, os cochilos podem ser uma ferramenta valiosa. Mal feitos, podem ser a razão pela qual você está olhando para o teto à meia-noite.
Por Talar Moukhtarian - 03/04/2025 02h00
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